O HOMEM DO FUNDO DO MAR # 1
Editora: RGE - Edição especial
Autores: A herança - Bill Mantlo (roteiro) e Tom Sutton (desenhos);
A baleia azul - Bill Mantlo (roteiro) e Frank Robbins (desenhos);
O Triângulo das Bermudas - Bill Mantlo (roteiro) e Frank Robbins (desenhos).
Preço: Cr$ 14,00 (preço da época)
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Outubro de 1978
Sinopse
A herança - A origem de Mark Harris, o último homem de Atlântida.
A baleia azul - O Homem do Fundo do Mar se une a um grupo de golfinhos para salvar uma baleia azul que está sendo caçada pelo bizarro ciborgue capitão de um navio baleeiro.
O Triângulo das Bermudas - Mark Harris e a tripulação do submarino Cetáceo investigam o paradeiro de mil soldados da marinha dos Estados Unidos, que sumiram durante a realização de exercícios militares no Triângulo das Bermudas.
Positivo/Negativo
Mark Harris, o último sobrevivente da mítica cidade submersa de Atlântida, era o herói do seriado O homem do fundo do mar (Man from Atlantis, no original), produzido nos Estados Unidos pela NBC, em 1977 e 1978.
A ideia inicial era adaptar Namor, o Príncipe Submarino, para a tela pequena. Mas o personagem da Marvel Comics teria sido vetado graças à sua semelhança física com o Sr. Spock, de Star Trek. Isso evitou reacender um antigo imbróglio entre a editora e o criador da série de ficção científica, sobre o mesmo assunto.
Interpretado pelo ator Patrick Duffy (o Bobby Ewing da série Dallas), o personagem que tinha guelras e membranas de nadadeiras entre os dedos das mãos foi encontrado à beira da morte pela equipe da Fundação de Pesquisas Oceânicas e resolveu se juntar a ela para, a bordo do submarino Cetáceo, desbravar o fundo do mar em busca de novas descobertas científicas.
Exibido no Brasil ainda no final dos anos 1970, nas tardes de domingo da TV Globo, o seriado continuou no início da década seguinte em reprises na mesma emissora e na TV Manchete.
O sucesso da série foi imediato, mas durou pouco. No entanto, as duas únicas temporadas foram suficientes para gerar produtos licenciados, dentre eles um álbum de figurinhas e uma revista em quadrinhos.
A Marvel Comics lançou o gibi Man from Atlantis em 1978. Foram publicadas apenas sete edições, que a RGE compilou no Brasil em dois volumes.
Três dessas HQs estão neste O homem do fundo do mar # 1, com capa desenhada por John Buscema e Joe Sinnott.
Não são aventuras inspiradas nos episódios do seriado. São histórias diferentes, no melhor estilo da Marvel, com muito mais ação e "efeitos especiais" do que o orçamento da produção de TV permitia apresentar.
Por isso, em A herança (a melhor da edição, com roteiro instigante e ótimos desenhos), que traz a origem de Mark Harris em flashback, ele ganha um vilão tecnológico fantasiado, como seria de se esperar de uma HQ da "Casa das Ideias".
O mesmo acontece na história seguinte, em que um ciborgue e seu ajudante-robô, a bordo de um navio baleeiro com visual antigo e dotado de parafernálias tecnológicas avançadas, querem se vingar de uma baleia azul. A aventura é quase uma versão moderna de Moby Dick.
Somente em O triângulo das Bermudas o herói enfrenta seu conhecido inimigo, Sr. Schubert, que aprontava no seriado da TV.
Nessas duas últimas HQs, os desenhos fracos de Frank Robbins - especialmente pelos rostos horríveis dos personagens - estragam o prazer da leitura que a ação desenfreada das histórias oferece.
A edição também traz a reprodução da capa de Man from Atlantis # 2 - de onde saiu O triângulo das Bermudas - e uma foto de Patrick Duffy na pele de Mark Harris, tirada no set de O homem do fundo do mar.
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