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O HUMOR DA PLAYBOY

1 dezembro 2010

O HUMOR DA PLAYBOY

Editora: Abril - Edição especial

Autores: Luis Fernando Verissimo, Aldir Blanc, Ziraldo, Kiraz, Jules Feiffer, Interlandi, Arnold Roth, Ivan Lessa, Marty Murphy, Allan Sieber, Will Elder, Gahan Wilson, Buck Brown, Shel Silverstein, Chuck Miller, Rowland Wilson, Guidacci, Dempsey, Don Madden, Mauro A., Edgar Vasques, Juan Álvarez, Edson Aran, O Planeta Diário, Sneyd, Killian, B. Kliban, Miguel Paiva, Sokol, Erikson, Bobby London, Harvey Kurtzman, Dedini, Nani, Dink Siegel, Smilby e Raymonde. Edição de Paulo Cabral e Edson Aran.

Preço: R$ 64,00

Número de páginas: 248

Data de lançamento: Janeiro de 2010

 

Sinopse

Em comemoração aos seus 35 anos, a edição brasileira da Playboy organizou este livro, que compila textos, cartuns, piadas e quadrinhos de grandes colaboradores da revista.

Positivo/Negativo

À primeira vista, o preço de O humor da Playboy pode dar um susto: R$ 64,00.

Tudo bem, o álbum tem formato grande e 248 páginas, tudo em cores. Mas não é luxuoso. Não tem capa dura, só orelha numa papel comum. (Ainda por cima, é um livro com patrocinador - a espirituosa Swift, empresa de alimentos conhecida por seus embutidos e suas salsichas!)

Além disso, o álbum tem seus defeitinhos.

Por exemplo: os artistas Dempsey e Interlandi foram deixados de fora da capa - dá-se um desconto ao editor Edson Aran, que contribui com um texto próprio, mas provavelmente não se incluiu na capa por conta de algum tipo de modéstia.

Outro exemplo: na introdução, meio que brincando, Aran fala que no álbum só tem mulher pelada desenhada. Mas aí o resenhista ranheta se obriga a dizer: há fotos de mulheres nuas, sim! Numa HQ com fotos de Radical Chic, de Miguel Paiva, e numa capa do Planeta Diário!

(Ainda assim, o resenhista alivia a barra do editor ao dar um desconto pra Radical Chic da página 230, porque ela só paga peitinho, o que não chega a ser nudez).

Tudo isso, claro, não importa.

Nem o preço. Espere por uma promoção, procure nos sebos, peça de presente pro seu tio rico, pegue emprestado com o seu cunhado, se vire, mas dê um jeito de comprar esta edição.

É, até agora, um dos álbuns mais bacanas de 2010.

Aran e Paulo Cabral fizeram uma seleção monumental. É um dream team de cartunistas, humoristas e quadrinhistas nacionais e estrangeiros, um petardo que nenhuma outra publicação brasileira tem condições de fazer igual e dizer com orgulho: "É meu, eu achei, publiquei, mostrei isso pros homens deste Brasil".

A diversidade é de encher os olhos. Tem gigantes do cartum mundial, como Harvey Kurtzman, Sokol e Jules Feiffer. Tem brasileiros de várias épocas: Verissimo, Edgar Vasques, o coletivo O Planeta Diário, Allan Sieber, Ivan Lessa - e até Mauro A., autor do blog Wagner & Beethoven.

Shel Silverstein conta a história da Playboy em uma sequência sensacional de desenhos e textos, Aldir Blanc escreve uma crônica sobre o Fantasma, Ziraldo mata a pau com Mineirinho e Sêo Pinto - tudo é bom demais.

Dá até para ficar louvando os méritos dos autores, um a um, e teria muita coisa para falar. Mas os acertos de cada página são ofuscados pela força do conjunto. Nos 35 anos da revista, O humor de Playboy não é só uma celebração de aniversário, mas também a consagração de um trabalho muito bem feito.

Classificação:

4,0

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