Com o Homem de Ferro estrelando seu segundo longa-metragem nos cinemas, o herói está mais forte do que nunca no que diz respeito à visibilidade. Por isso, ele retorna às bancas com a estreia de sua revista mensal pela Panini - algo que não era registrado no Brasil desde que a Bloch editava a Marvel por aqui.

Na primeira história, o herói enfrenta Ivan Vanko, cientista russo que resolve vingar a morte de seu pai. O vilão consegue acesso à tecnologia Starktec e torna-se o Chicote Negro.

Não se espante se achar esta história parecida com a do filme Homem de Ferro 2, pois é proposital. A editora busca lucrar com os quase 600 milhões de dólares que o longa arrecadou ao redor do mundo até o momento em que esta resenha era escrita.

Existem, porém, algumas diferenças entre o filme e a HQ. Aqui, um suposto Homem de Ferro destrói a vila onde os Vanko residem e mata o pai de Ivan. Enquanto o Guardião Vermelho intervém nesta crise internacional, Stark se entrega por saber de fatos a seu favor, mas que ainda vão ser revelados.

Como a trama não empolga nem um pouco, vale esperar para ver se este arco ainda melhora o que já foi visto na telona.

Já O Invencível Homem de Ferro dá continuidade ao que era publicado na revista Avante, Vingadores!. Stark perdeu seus cargos de líder dos Vingadores e diretor da S.H.I.E.L.D. após a invasão skrull. Norman Osborn agora está no comando da M.A.R.T.E.L.O. e tenta eliminar sua fiel ajudante, Pepper Potts.

Com direito a armadura própria da Starktec, Pepper tem o dever de parar um avião de grande porte, enquanto Tony continua enfrentando Namor nas profundezas do mar vermelho, e Maria Hill descobre o paradeiro do Controlador.

O que chama a atenção é o traço de Salvador Larroca, que ganha ares realistas nas cores de Frank D'Armata. De resto, avante, Reinado Sombrio!

Por último, Viúva Negra - Origem fatal, a HQ mais interessante da revista. O leitor é apresentado a várias histórias do passado da personagem: da tragédia de ser a única sobrevivente da família Romanoff ao encontro por acaso com o líder soviético Stálin e, anos depois, com Wolverine - este antes de tornar-se a "Arma-X".

Os elementos de roteiro, montagem e arte se fundem em perfeita sintonia. Destaque para o traço de estética retrô de John Paul Leon, presente em cinco páginas desta história.

Uma infelicidade, porém, esta ser a única história da revista que deixa o leitor empolgado. Um primeiro número certamente deveria prometer e/ou cumprir muito mais.