Título: O MELHOR DA DISNEY - AS OBRAS COMPLETAS DE CARL BARKS - VOLUME 2 (Editora Abril) - Revista quinzenal

Autores: Carl Barks (roteiros e desenhos).

Preço: R$ 14,95

Número de Páginas: 176

Data de lançamento: Abril de 2004

Sinopse: Seleção de histórias protagonizadas pelo Pato Donald, editadas originalmente nas edições 183 a 198 de Walt Disney´s Comics and Stories, entre dezembro de 1955 e março de 1957.

Positivo/Negativo: A Editora Abril acertou em lançar, de início, as histórias que compõem aquela que é considerada a melhor fase de Carl Barks, nesta magnífica coleção que leva o nome do autor.

Esse foi o período em que o mestre atingiu o ápice de sua criatividade, com argumentos e desenhos mais maduros. Em cada história, um passo evolutivo, e isso fica claro quando se constata que o segundo volume de O Melhor da Disney - As Obras Completas de Carl Barks é ainda melhor que o anterior.

As 16 aventuras deste número estão simplesmente geniais, para usar o termo exato que exprime os roteiros inteligentes, o humor palatável para todas as idades e os desenhos tão ou mais expressivos quanto os textos ali contidos.

A grande maioria das histórias mostra os tradicionais duelos entre Donald e os sobrinhos, em tramas tão envolventes que levam o leitor a tomar partido de um dos lados do confronto.

Nelas pode-se ver o pato ranzinza no que ele faz de melhor: irritar a si e aos garotos; atrapalhar-se quando cisma que entende de uma determinada tarefa; e praticar uma ou outra trapaça para não levar a pior contra Huguinho, Zezinho e Luisinho.

É o caso de, respectivamente, As leis da natureza (na qual algumas pequeninas toupeiras infernizam a vida do pato), Caçada original (a cena em que Donald se enrosca com uma corda nos chifres de um alce já vale a edição) e A princesa da neve (tio e sobrinhos num impagável duelo de sabotagens). Esta última contém, ainda, os então costumeiros finais com mensagens natalinas que Barks sabia pregar tão bem.

A inédita O Taxista que entrou numa gelada é uma bem-vinda "intrusa" em meio às republicações.

Também há de se fazer menção aos belos textos de Marcelo Alencar, que antes de cada aventura contam um pouco da história do saudoso Homem dos Patos, com muitas curiosidades sobre sua vida e acerca dos contextos em que foi criada a HQ que se segue na próxima página. Tudo com muitas ilustrações, incluindo as capas originais.

Entretanto, houve uma informação contraditória a respeito da história E o vento levou: no texto introdutório (página 47), está escrito que, originalmente, ela foi publicada em 1956 e, logo em seguida (48), no rodapé da página inicial da aventura, consta que no Brasil foi editada em 1952, o que é uma incoerência.

A julgar pelo crescente nível das histórias (publicadas na ordem original), é possível imaginar o que vem por aí. E continuemos torcendo para que não demorem a chegar as épicas viagens do Tio Patinhas em busca de riquezas nos lugares mais incríveis deste planeta, programadas para as outras fases da coleção.