Título: O MELHOR DA DISNEY - AS OBRAS COMPLETAS DE CARL BARKS, VOLUME 3 (Editora Abril) - Série quinzenal

Autores: Carl Barks (roteiros e desenhos)

Preço: R$ 14,95

Número de páginas: 176

Data de lançamento: Abril de 2004

Sinopse: Coletânea de histórias do Pato Donald publicadas originalmente em Walt Disney´s Comics and Stories # 199 a 214 (abril de 1957 a julho de 1958).

Positivo/Negativo: A série prossegue como o esperado: cada edição tem sido melhor que a anterior. O terceiro volume das obras completas de Carl Barks apresentou uma variação de temas, deixando um pouco de lado os embates entre Donald e os sobrinhos. Na grande maioria das histórias, os parentes tentam se ajudar, em vez de perpetuar os impagáveis confrontos. E é exatamente nesse ponto que as situações se tornam até mais engraçadas.

Assim é o caso de Haja tratador para tais mascotes, na qual Huguinho, Zezinho e Luisinho auxiliam o tio em seu novo ofício de babá de animais de estimação. A passagem em que Donald entra numa piscina infestada de tubarões, enguias elétricas e peixes-espada é apenas uma das muitas confusões em que o pato se mete, e que sobra para os sobrinhos resolverem.

Mas também há espaço para surrealismos (cinco transatlânticos nas costas de um gafanhoto, na magistral Ora, ouvir estrelas); Patópolis à beira de um ataque de nervos (em O supercorante); um leão tão feroz quanto "sacana" (Cresça e apareça); o pato mais desajeitado do mundo (O monumento de pedra); uma das muitas tentativas de Donald para se firmar num emprego (Padeiro das Arábias); e a primeira aparição do impossível cão farejador dos escoteiros-mirins, o General Faro, que segue trilhas até pelo método braile (em Caçada Humana).

Aliadas às interessantes curiosidades "barksianas" nos competentes textos do jornalista Marcelo Alencar, as histórias do terceiro volume da série As Obras Completas de Carl Barks já podem selar a "conversão" à qual eventuais leitores, avessos às HQs Disney, tenham se submetido desde o lançamento da coleção.

E quem não se converteria diante de tão primorosa obra?