O PLANETA DOS CONDENADOS # 1
Autores: Bill Willingham (texto dos capítulos 1 e 2), Matthew Sturges (texto dos capítulos 3 e 4), Sean Chen (desenhos), Walden Wong (arte-final) e John Kalisz (cores). Tradução e adaptação de Edu Tanaka e Fabiano Denardin. Originalmente publicado em
Salvation Run # 1 a # 4).
Preço: R$ 8,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Abril de 2009
Sinopse: Nos últimos meses, o Esquadrão Suicida vinha sequestrando todos os supervilões da Terra, um a um.
Agora é revelado o destino dos bandidos: um planeta distante, cheio de armadilhas mortais e feras letais.
É lá que os vilões terão que aprender a conviver entre si para tentar sobreviver. Ao menos, enquanto não encontram a lendária Zona Segura, uma área sem monstros nem perigos.
Positivo/Negativo: Com seus argumentos fracos e suas tramas disparatadas, a minissérie Contagem regressiva se tornou um Midas invertido no Universo DC. Tudo de que se aproxima vira lixo.
Tem muita história infectada pela saga de Paul Dini & companhia nas revistas mensais da linha DC e em especiais.
O planeta dos condenados é só mais um desses exemplos.
De certa forma, a HQ em si não é ruim. A narrativa é bem cuidada. O roteiro, ainda que arrastado, tem sacadas interessantes. A arte é legal.
Só que os principais problemas de O planeta dos condenados vêm justamente de antes de a história começar. Eles estão no argumento, que é derivado de Contagem regressiva.
Por si só, a ideia de prender supervilões soa bastante inverossímil. Afinal, trata-se de capturar seres bastante poderosos, alguns deles capazes de causar complicações até mesmo pra Superman e Batman.
O mais provável é que eles tivessem reagido, afinal, edições recentes das histórias da Liga da Justiça mostraram todos eles lutando em um grande colegiado.
Mesmo considerando que o improvável feito tenha sido realizado, ainda assim a história usa um argumento recém visto na concorrente Marvel: na série Planeta Hulk, o monstro verde é exilado em um planeta distante para não causar mais problemas.
Logo adiante, também no universo de Stan Lee, vilões e heróis rebeldes foram exilados em uma prisão interdimensional durante a Guerra Civil.
Portanto, repetir a dose só reforça a hipótese de que as editoras de super-heróis passam por uma severa crise de criatividade.
Nem sempre é fácil manter o leitor distante desse material de pouca qualidade. Afinal, o discurso corrente é de que essas histórias são importantes para a cronologia - o que é pura balela, claro. É só olhar para o que ficou em pé nos últimos anos: HQ que faz história é HQ boa.
Mas o leitor que ainda assim ficar em dúvida tem outro fator para ajudá-lo a desistir da compra: o preço. É que, apesar de a minissérie seguir o padrão das revistas mensais da editora, está custando R$ 1,40 a mais. Se o preço ajudar o leitor a guardar seu dinheiro para compras melhores, não chega a ser um mau negócio.
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