Autores: Stan Lee (texto) e John Buscema (desenhos).

Preço: Cr$ 1,50 (preço da época)

Número de páginas: 24

Data de lançamento: 1972

Sinopse: Uma entidade conhecida como Infinito aparentemente se
apodera da consciência de Odin e se prepara para destruir o mundo, enquanto
em Asgard a espada do soberano do reino começa a sair da bainha.

No plano mortal, uma seqüência de catástrofes anuncia o fim do mundo.
Ao final, a irritante constatação... Continua no próximo número.

Positivo/Negativo: Nada mais clichê do que a história desta raríssima
edição, só encontrada com muita sorte em sebos. Entre as muitas coisas
que se pode dizer de Stan Lee, uma é que ele adora lugares-comuns; outra
é que sabe se aliar aos melhores desenhistas.

Todos os clichês relacionados aos deuses asgardianos estão na aventura:
pai contra filho, dualidade Thor/Don Blake, a união de inimigos contra
um mal maior...

Nesta HQ, os fãs de Conan talvez não reconheçam a arte de John Buscema,
bem menos detalhada e com economia de traços. Certa vez, ele declarou
não gostar de desenhar fantasias e fantasiados. Isso fica transparente
quando se compara os quadrinhos que mostram os deuses no plano asgardiano
e as seqüências cataclísmicas no plano mortal.

Enquanto os deuses são desenhados de forma limpa, muitas vezes sem cenários,
nas cenas mais cotidianas Buscema é extremamente detalhista, usando as
sombras e hachuras que viriam a consagrar sua arte. Nessas imagens, mais
realistas, se percebe a competência do artista para trabalhar profundidade,
dando volume às pessoas e aos cenários.

Esta edição, como muitas outras assinadas pelo artista, evidencia um paradoxo.
Dono de um traço firme e elegante, Buscema desenha seus personagens no
melhor estilo John Wayne: altivo, olhando de lado e invariavelmente com
as pernas abertas.