O TRAÇA
Título: O TRAÇA (Pixel
Media) - Edição especial
Autores: Gary Martin (roteiro) e Steve Rude (desenhos).
Preço: R$ 32,90
Número de páginas: 160
Data de lançamento: Março de 2007
Sinopse: Jack Mahoney é acrobata de circo e, nas horas vagas, vigilante mascarado. Neste encadernado, o carismático Traça luta contra um homem-leão, um pilantra caça-recompensas, gângsteres e um trio de misteriosas ladras silenciosas.
O herói é ajudado pela famosa heroína Liberdade Americana, por uma gangue de motoqueiros fora-da-lei, integrantes do circo onde trabalha e feiticeiros africanos.
Sempre rodeado por companheiros esquisitos e inimigos ainda mais extravagantes, o Traça se esforça para combater o mal, conseguir dinheiro para pagar as despesas do circo onde cresceu e levar a vida adiante. Um herói cheio de problemas e mais humano que o de costume.
Positivo/Negativo: Steve Rude sempre foi um artista sem muitas pretensões, com criações simples mais destinadas ao puro divertimento, em vez de histórias intrincadas e complexas. E O Traça não foge a esse padrão.
Já na capa notam-se semelhanças com personagens bastante conhecidos, como Justiceiro, Fantasma e Homem-Aranha. Ao ler a história, percebe-se que isso talvez sejam proposital, já que o Traça carrega um pouco das características dos três supracitados.
O álbum nacional traz todas as histórias do personagem: uma minissérie em quatro partes, duas edições especiais e a publicada em Dark Horse Presents # 138, que marcou sua estréia.
No início, a trama não empolga muito, pois tudo parece "mais do mesmo", com os desgastados clichês do gênero. No entanto, com o passar das páginas, o leitor vai se envolvendo com o carisma de Jack Mahoney e seus companheiros de circo, em situações corriqueiras e engraçadas.
O uso de palavrões e gírias aproxima ainda mais o leitor do mundo quase normal do herói. Aliás, as situações mais divertidas do álbum são as vividas no dia-a-dia, quando Mahoney está sem a sua máscara, levando uma vida simples no circo ou socialmente.
Os desenhos de Rude são simples, porém competentes, com belos sombreamentos e apoiados por um bom trabalho de colorização, que reforça o ar de nostalgia. O roteiro de Gary Martin não é nenhuma obra-prima, mas o autor é eficaz ao criar personagens e situações banais para rechear a trama sem parecer pura enrolação.
O álbum nacional traz todas as capas originais e alguns textos complementares. Mas há diversos erros de ortografia e/ou digitação, além de alguns balões em que faltam palavras.
Uma revisão mais cuidadosa viria a calhar.
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