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O ÚLTIMO MESTRE DO AR

1 dezembro 2010

O ÚLTIMO MESTRE DO AR

Editora: On Line - Edição especial

Autores: Dave Roman e Alison Wilgus (roteiro) e Joon Choi (arte).

Preço: R$ 9,99

Número de páginas: 128

Data de lançamento: Agosto de 2009

 

Sinopse

Adaptação para os quadrinhos do filme O último mestre do ar, de M. Night Shyamalan, que narra as aventuras de Aang, Katara e Sokka na tentativa de livrar as Tribos da Água e o Reino da Terra do domínio tirano na Nação do Fogo.

Positivo/Negativo

Em 2007, quando anunciou a adaptação cinematográfica do premiado desenho animado Avatar - A lenda de Aang, a Paramount Pictures não contava com o fato de a 20th Century Fox ter registrado legalmente o título Avatar (para o filme bilionário de James Cameron), forçando-a a mudar o nome já consagrado para O último mestre do ar.

Não bastasse isso, o roteiro e direção do filme foram assinados por M. Night Shyamalan, responsável por ótimas produções, como Corpo fechado e O sexto sentido, mas que há alguns anos passa por uma crise brutal de criatividade.

Apesar do relativo sucesso de bilheteria, houve muitas críticas à fragilidade do roteiro de Shyamalan, entre outros problemas. É com base neste fraco enredo que Dave Roman (X-Men - Misfits) e Alison Wilgus criaram a HQ homônima ao filme.

A história gira em torno de Aang, último sobrevivente dos Nômades do Ar, e possível Avatar, aquele que domina os quatro elementos: ar, água, terra e fogo. Após ficar cem anos congelado, ele é encontrado por dois irmãos da Tribo da Água, povo que, assim como o do Reino da Terra, vive em subserviência à Nação do Fogo, tiranos que tomaram o controle dos outros por meio de máquinas de guerra.

A tendência de a adaptação de um roteiro fraco resultar num produto ainda pior se confirma. A falta de profundidade e foco não prende o leitor em momento algum. A história é confusa em diversos pontos, com quadros e diálogos que aparentam estar fora de ordem, não por estética, mas por falha.

O pior fica por conta de um erro de continuidade entre o que é mostrado nas páginas 31 e 32 e o que está na 69.

A arte do animador da Nickelodeon e AdultSwim Joon Choi também não contribui. A irregularidade no traço chega a dar a impressão de que trocaram o desenhista em algumas páginas (como na 67).

Mesmo com todos esses problemas, há espaço para alguns elogios à On Line, que entrou de vez no mercado, aumentando as opções mensais nas bancas. A editora evoluiu no letreiramento dos gibis nas últimas edições ao deixar de usar a famigerada fonte Comic Sans e aderir aos padrões mais corriqueiros. Além disso, melhorou também o trabalho de revisão.

Resta torcer para que a On Line continue investindo em quadrinhos, mas em materiais de melhor qualidade. E para que M. Night Shyamalan reencontre aquela genialidade um dia vista nos filmes acima mencionados.

Classificação:

4,0

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