O VAMPIRO QUE RI
Autor: Suehiro Maruo (texto e arte).
Preço: R$ 29,00
Número de páginas: 248
Data de lançamento: Julho de 2004
Sinopse: Das cinzas das bombas atômicas de 1945, um vampiro surge no Japão. Corta para os nossos dias. Agora, ele se aproxima de uma turma de adolescentes de Tóquio.
Positivo/Negativo: O melhor, no caso de O Vampiro que Ri, é não se aprofundar na sinopse, pois se chegaria fácil no limiar do trash - o que, definitivamente, não faria jus ao mangá de Suehiro Maruo.
A obra de Maruo é herdeira da contracultura clássica, dos livros que se lêem com a mão esquerda e dos que mexem com a cabeça das crianças. Não é difícil imaginá-lo em listas negras se o lançamento fosse uns anos atrás. Afinal, ele mostra garotas que exploram velhos, adolescentes que espancam mendigos e bebês que alimentam banhos de sangue. A fronteira da dor com o prazer é um dos temas favoritos da censura, e nesse limiar é que o mangaká vira um mestre.
Ainda que seja vendido como impróprio para menores de 18 anos, o que afasta boa parte do público "mangazeiro", O Vampiro que Ri é uma boa amostra dos novos paradigmas para o mangá - não só por conta dos temas, mas também da delicadeza do traço e da elegância na condução da história.
A edição em si, com capa cartonada (no sentido de exposição oriental) e sobrecapa (no ocidental), ficou muito boa. Destaque para a dupla apresentação de Suehiro Maruo, uma pelo editor brasileiro, Rogério de Campos, e outra pelo conterrâneo Hiroshi Aramata. Textos assim, que não deixam o leitor boiando, são sempre bem-vindos.
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