OLIMPÍADA 88 #1
Autores: Romano Scarpa (textos e desenhos) e Moacir Rodrigues Soares (capa).
Preço: Cz$ 550,00 (preço da época)
Número de páginas: 240
Data de lançamento: Agosto de 1988
Sinopse: Saga em oito capítulos, produzida na Itália.
Tio Patinhas contrata o Professor Pardal para produzir lentes que serão
usadas nas câmeras de TV nos estádios olímpicos de Seul (sede dos Jogos
Olímpicos daquele ano).
Utilizando um componente especial, o "silício violáceo", essas lentes acabam gerando imagens do futuro, quando testadas numa câmera portátil.
A aventura se inicia quando João Bafo-de-Onça se apodera da câmera com fins escusos. Alienígenas, atletas olímpicos, Coréia do Sul contra Coréia do Norte e tudo o mais vão sendo adicionados à história, entre a busca da máquina e sua volta às mãos do Tio Patinhas.
Positivo/Negativo: Ler esse divertido gibi (resenhado por sugestão de um leitor do Universo HQ) é reviver o tempo em que as histórias italianas da Disney eram consideradas as melhores do mundo. As produções atuais - com roteiros sofríveis, na maioria das vezes, e desenhos com traços exageradamente caricatos - são constantes alvos do descontentamento dos leitores.
Romano Scarpa, que escreveu e desenhou Olimpíada 88, é um veterano que está entre os melhores autores da Disney em todos os tempos. Ele ainda criou, entre outros personagens, Brigite, a perseverante pata que não desiste de tentar desposar o Tio Patinhas.
O autor estava realmente inspirado ao criar os oito capítulos que compõem esta saga. Cada parte apresenta elementos paralelos, mas que não fogem da trama principal, o que não dá tempo ao leitor de se cansar com uma aventura tão longa.
A participação de muitos personagens nos momentos certos, sem cortar abruptamente o desenrolar dos eventos, é o tempero que dá mais dinamismo à aventura. Bafo-de-Onça, Tudinha, Patacôncio, Mickey, Professor Pardal, Brigite, Tio Patinhas, Donald, Huguinho, Zezinho, Luisinho, Filomeno, o alienígena Rei dos Pateróides (que já havia aparecido em outra história, anos antes), Coronel Cintra, Amadeu e o obscuro Penoso (criação italiana), formam o elenco desta história repleta de ação, humor e romance.
Vale destacar também a adaptação brasileira, que utilizou termos hilários como "gênio da criatividade físico-estrambótica", adjetivo conferido ao Professor Pardal no primeiro capítulo (o mais engraçado de todos, no qual o inventor maluco tem uma crise de "piração científica" no meio da entrega do Prêmio Esnobel).
Mas, para não dizer que tudo são flores, o difícil é agüentar o pífio Amadeu como parceiro do Mickey (por onde andaria o Pateta?) em três capítulos. O personagem é chato de dar dó, e parece não haver roteirista que mude isso.
A revista conta ainda com um caderno de passatempos e uma matéria sobre a cidade de Seul.
Medalha de prata para essa edição, que pode ser encontrada sem muita dificuldade em sebos físicos ou virtuais.
Classificação: