Confins do Universo 204 - Marcelo D'Salete fazendo história (em quadrinhos)
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ONE PIECE # 22

1 dezembro 2004


Título: ONE PIECE # 22 (Conrad Editora) - Revista mensal

Autores: Eiichiro Oda (roteiro e desenhos).

Preço: R$ 5,20

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Janeiro de 2004

Sinopse: Após a dura batalha contra Arlong e seus piratas homens-peixe, Ruffy e seus amigos rumam, enfim, para a Grande Rota, em busca de seus sonhos.

Mas, antes, uma pequena parada na ilha onde morreu Gold Roger, o famoso Rei dos Piratas, se faz necessária.

Enquanto isso, a (má) fama deles corre o mundo, fazendo a Marinha colocar um prêmio bem gordo pela cabeça de Ruffy Chapéu de Palha. Pode apostar que vem mais confusão por aí...

Positivo/Negativo: One Piece é o mangá mais divertido e despretensioso sendo publicado no Brasil atualmente. Apesar de usar e abusar de clichês, Eiichiro Oda tem um talento nato para desenhar caretas e situações absurdas, fazendo do humor um grande aliado para conquistar os leitores.

A começar pelo personagem principal, Monkey D. Ruffy, um moleque sonhador que tem o "estranho" poder de se esticar. Ele quer ser o Rei dos Piratas, mas é tão atrapalhado que não consegue atingir seus objetivos sozinho. Entram em cena, então, seus companheiros de viagem, cada um especialista numa coisa.

Eles seguem Ruffy por causa da energia e do otimismo que transmite. Seu carisma e simpatia são mais importantes do que sua capacidade de liderança, ou mesmo sua inteligência, já que neste número podia muito bem se libertar sozinho da confusão em que se meteu. Afinal, ele mesmo disse numa edição anterior: "Com as mãos e pés livres, posso fazer o que quiser!".

Qual é a desculpa para essa mancada? Pode ser justificável dentro do contexto, já que o autor queria demonstrar que Ruffy também é um tremendo sortudo, realmente predestinado a ser o próximo Rei dos Piratas. Mas quem não se deixar envolver pelo clima da história dificilmente vai engolir esse tipo de explicação.

Outra coisa que irrita, às vezes, é a repetição de clichês. Não bastando a estrutura narrativa de videogame, que obriga os personagens a lutarem sempre com vilões cada vez mais fortes, Ruffy ainda precisa ser salvo a cada cinco minutos, tamanho é seu talento para se meter em encrencas.

Mas, a julgar pelo sucesso de One Piece no Japão, os fãs estão pouco ligando para isso, ou para qualquer comentário desabonador sobre o mangá. Eles querem mais é se divertir, coisa que Eiichiro Oda consegue fazer com competência.

Classificação:

4,0

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