One Piece # 36
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Autor: Eiichiro Oda (roteiro e desenhos).
Preço: R$ 10,90
Número de páginas: 208
Data de lançamento: Fevereiro de 2012
Sinopse
O bando de Luffy foi acusado da tentativa do assassinato de Iceburg, por causa de Nico Robin. Mas o bando do chapéu de palha não acredita no que ouve e se envolve em uma situação que tem participação do Governo Mundial e do CP-9.
Positivo/Negativo
Em outubro de 2008, a Conrad colocava nas bancas One Piece # 70, prometendo retomar a publicação que já vinha de uma longa paralisação. Entretanto, os leitores ficaram a ver navios (com o perdão do trocadilho), pois a editora nunca mais lançou outro número do mangá.
Três anos e meio depois, a Panini, que assumiu os direitos do título no Brasil, anunciou que republicará a coleção desde o primeiro volume, mas também retomará do ponto em que a antiga editora parou: exatamente este número 36.
Para quem está se perguntando como é possível que o 36 venha após o 70, isso se explica pelo fato de, na Conrad, os volumes originais japoneses terem sido divididos em dois. Como a Panini decidiu manter o formato original, sua numeração ficou dividida pela metade. Assim, este número 36 equivaleria aos hipotéticos # 71 e # 72 da sua antecessora.
Mas essa não é a única mudança em relação à versão anterior. A Panini optou por mudar alguns nomes para aproximá-los de sua versão original, como o do protagonista Luffy, anteriormente chamado de Ruffy no Brasil, e Grande Rota, que virou Grand Line.
A respeito das decisões editoriais tomadas pela Panini, não há o que criticar, pois são apenas no sentido de padronizar a nova versão nacional com as demais publicadas ao redor do mundo.
O que os leitores podem sentir falta é que, pelo menos neste número, não há nenhum tipo de nota ou qualquer aparato editorial avisando que este volume é o que retoma a história a partir de onde a Conrad parou e o motivo pelo qual a editora resolveu alterar nomes de personagens e regiões.
Sobre a história (o que realmente importa), após uma longa enrolação, a trama do mangá começa a se amarrar. O leitor descobre que os hieróglifos, o Governo Mundial, o CP9, o sumiço de Nico Robin e os carpinteiros estão ligados por uma arma misteriosa. Há espaço para reviravoltas, revelações bombásticas e muita ação, dentro do ritmo frenético que Eiichiro Oda confere às suas narrativas.
A arte merece um destaque à parte. O estilo caricato do autor é ainda mais escrachado que a maioria dos mangás de ação. O tempo todo, o traço tem um ar cômico que dá uma expectativa de humor constante. Mas isso é quebrado sempre pelas fortes situações dramáticas na trama (algumas delas beirando ao dramalhão).
Esse jogo complexo de comédia e drama de One Piece é muito bem sustentado pela concatenação da arte e do roteiro de Eiichiro Oda.
O resultado é um ótimo volume deste mangá, que, não à toa, é um sucesso de crítica e público ao redor do mundo.
Classificação