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OS 300 DE ESPARTA

1 dezembro 2007


Título: OS 300 DE ESPARTA (Devir
Livraria
) - Edição especial

Autores: Frank Miller (roteiro e arte) e Linn Varley (cores).

Preço: R$ 63,00

Número de páginas: 88

Data de lançamento: Janeiro de 2007

Sinopse: No ano 480 a.C., numa época de razão e sabedoria, o Rei
Leônidas é um verdadeiro líder entre os homens. Guerreiro sem igual, ele
rege uma Esparta que não sabe a diferença entre guerra e paz. Então, quando
um mensageiro persa chega com as notícias de uma ameaça se aproximando,
Leônidas simplesmente não pode ignorar seu orgulho espartano e ajoelhar-se
diante do avanço do Império inimigo. Com a chegada inevitável dos milhares
de persas, um destacamento de 300 guerreiros é a única barreira entre
a Grécia e uma verdadeira onda de destruição. O resultado será devastador,
mas marcará a História para sempre.

Positivo/Negativo: Reza a lenda que, quando concebeu Os 300
de Esparta
, Frank Miller teria pensado a obra em pranchas horizontais,
mas devido às limitações do mercado norte-americano a minissérie (originalmente
publicada em cinco capítulos; no Brasil pela
Abril
) saiu mesmo em formato americano, em páginas duplas.

Se é verdade ou não, o fato é que a narrativa da história ganhou muito
mais ritmo no formatão horizontal (33 x 24 cm) adotado pela Devir.
As seqüências parecem mesmo cinematográficas.

Os 300 de Esparta mostra o velho e bom Frank Miller. Ele
se embasou numa bela pesquisa, deu a cada personagem características muito
peculiares e acabou dando uma aula de História em forma de quadrinhos
recheados de ação, estratégia, suspense, intriga e muita violência.

No campo de batalha, os espartanos pareciam se divertir - em algumas passagens
destroçam (literalmente) os inimigos com requintes de crueldade. E Miller
faz de Leônidas o líder que a História retrata na famosa Batalha das Termópilas
(saiba mais sobre ela clicando aqui).
A frase que resume isso é: "Eu não pedi. Deixe a democracia para
os atenienses, garoto!", diz ele a um de seus soldados.

Os desenhos estão fortes, impactantes e, o principal, bem feitos. Ou seja,
ainda sem a "estilização" exagerada que Miller adotaria tempos depois
em O Cavaleiro das Trevas 2. E a narrativa é uma das melhores da
carreira do autor, com um ritmo intenso e tomadas das mais variadas.

Contribui para o sucesso da obra as cores de sua esposa Linn Varley. A
escolha de tons é perfeita para cada tipo de situação e, por vezes, faz
as páginas "saltarem" aos olhos.

Graficamente, a edição da Devir é primorosa. Capa dura, papel de
luxo, daquelas pra se ler sobre uma mesa (até por causa do formato), curtindo
cada página. O álbum está vendendo muito bem, e os números
devem subir ainda mais com a proximidade da estréia da versão
cinematográfica no Brasil.

No entanto, o álbum não leva nota máxima por alguns descuidos editoriais.
Há erros de concordância ("seu homens", página 20 e "a frota ateniense
têm...", p. 57), um pleonasmo ("encarando a morte de frente", p. 75),
falta de artigos (especialmente em trechos como "toda [a] Grécia") e um
equívoco, no glossário, ao abreviar "antes de Cristo" como "a.c.", só
com letras minúsculas. Faltou uma revisão mais caprichada.

Outro senão: as notas explicativas no final do álbum foram uma ótima sacada,
mas não há asteriscos no decorrer da história, para chamar a atenção do
leitor para elas. Além disso, todas são indicadas pelo número da página,
sendo que o álbum não as tem numeradas.

São detalhes frente à qualidade da obra e da edição? Sim. Mas para um
livro de tão alto padrão gráfico (e que não é barato), são cuidados que
mereciam ser tomados.

Classificação:

4,0

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