Confins do Universo 204 - Marcelo D'Salete fazendo história (em quadrinhos)
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OS MAIORES CLÁSSICOS DO HOMEM-ARANHA

1 dezembro 2001

Os Maiores Clássicos do Homem-AranhaTítulo:
OS MAIORES CLÁSSICOS DO HOMEM-ARANHA (Panini
Comics
) - Edição especial

Autores: Stan Lee (Roteiro) e J. Romita (desenhos).

Preço: R$ 18,90

Data de lançamento: Dezembro de 2002

Sinopse: De um período que vai de 1966 a 1972, oito aventuras clássicas do Homem-Aranha, como a descoberta da identidade do Duende Verde; a estréia do vilão Rino; a apresentação do filho de J. J. Jameson como um atormentado astronauta, vítima de uma experiência que lhe dá superpoderes; o confronto do Rei do Crime com o herói, quando ocorre o roubo de uma placa de misteriosa escrita; e o amigo de Peter Parker, Flash, recém-chegado do Vietnã, precisando do auxílio do Cabeça de Teia e também do Dr. Estranho.

Positivo/Negativo:
Iniciativa mais do que louvável da Panini esta de apresentar a toda uma nova geração de leitores brasileiros das HQs da Marvel este período áureo das aventuras da dupla Lee e Romita.

Esta fase do Aranha é o que aprimora e define o personagem e seu universo: o super-herói ansioso e de falhas recorrentes entre os jovens de sua idade. Ou seja, Peter Parker é inseguro, indeciso e, muitas vezes, ressentido; por outro lado, é um jovem que precisa conciliar trabalho, estudo e ainda cuidar de sua tia viúva, a Tia May.

Os roteiros de Lee são repletos, ao mesmo tempo, de ironia e ingenuidade. Basta observar o quão patético é o editor J. J. Jameson, os comentários dos capangas de chapéu que aparecem aqui e ali a serviço do Rei, a visão do autor sobre a guerra-fria e o conflito no Vietnã. Na página 142, é bastante divertido encontrar um Homem-Aranha, no meio de uma luta contra o Rei, todo pudico e preocupado em vestir a camisa do seu uniforme.

O traço econômico e equilibrado de J. Romita é paradigmático.A elegância na caracterização dos personagens e o movimento, inspirado em padrões clássicos, atingem o seu melhor momento nas duas aventuras finais desta edição.

Nos quadrinhos, depois de mais de vinte anos, apenas em fins da década de 1980, com os trabalhos de Todd McFarlane, surgiu uma nova proposta estética para o Homem-Aranha. A marca de Romita é tão forte que os novos leitores vão descobrir que o filme dirigido por Sam Raimi, em 2002, tem argumento, roteiro e edição fortemente influenciados pelas HQs deste período.

A edição da Panini, quanto ao papel e impressão, figura entre as melhores do Aranha em terras brasileiras desde os tempos da Ebal, nos distantes anos 1960 e 70. Editoras como a Bloch e RGE nunca deram um bom tratamento ao personagem. E a Abril cometeu erros terríveis e alguns acertos.

Os editores, entretanto, poderia providenciar uma nota para esclarecer quem é o misterioso vigilante armado da página 36.

Fica a expectativa do lançamento, com este mesmo tratamento, da edição # 2, com as aventuras do Aranha contra o Dr. Octopus e, é claro, aquelas que trazem a morte na família Stacy.

Classificação:

4,0

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