OS MAIORES CLÁSSICOS DOS X-MEN # 4 - A SAGA DA FÊNIX NEGRA
Título: OS MAIORES CLÁSSICOS DOS X-MEN # 4 - A SAGA DA FÊNIX
NEGRA (Panini
Comics) - Edição especial
Autores: Chris Claremont (roteiro), John Byrne (desenhos e co-argumento) e Terry Austin (arte-final).
Preço: R$ 24,90
Número de páginas: 192
Data de lançamento: Maio de 2006
Sinopse: Atacados de várias formas, os X-Men se vêem à mercê do Clube do Inferno.
E quando tudo parece caminhar para um final feliz, eles encaram seu maior desafio: a Fênix Negra.
Positivo/Negativo: Este encadernado reúne as edições Uncanny X-Men # 129 a # 137, e é indispensável a qualquer um que goste, ou que queira entender os mutantes da Marvel.
Imediatamente posterior ao confronto com Proteus na Ilha Muir, a saga começa com os X-Men voltando à Mansão X e reencontrando, após um longo período, seu mentor Charles Xavier. Quase simultaneamente, começam os ataques do Clube do Inferno aos membros da equipe.
Para piorar, após meses sendo influenciada telepaticamente por Jason Wyngarde, Jean Grey é dominada pelo vilão e volta todo o poder da Fênix contra seus amigos.
Depois de duelos telepáticos, ataques mortais de Wolverine e uma boa dose de pancadaria, Jean liberta-se do domínio de Wyngarde, mas não sem um alto custo: ela perde completamente o controle de suas emoções e transforma-se na Fênix Negra.
Daí até à trágica conclusão, a trama assemelha-se a uma montanha-russa, rápida e alucinante.
É uma aventura que empolga do início ao fim. O texto de Claremont é consistente, mas sem perder a agilidade, enquanto a bonita arte de Byrne mescla ação desenfreada com instantes extremamente dramáticos.
Vale citar que este encadernado também conta com as primeiras aparições de Cristal e Kitty Pryde. Ambas viriam a fazer parte dos X-Men no futuro, com destaque especial para a última.
A edição da Panini conta com um prefácio assinado por Claremont e com a reprodução de um papo informal entre os autores da trama e os editores da época, que dá uma boa idéia do porquê do rumo adotado para a conclusão da saga, assim como mostra um vislumbre do que poderia ter sido.
Na página 40, no quarto quadro, há uma referência da personagem
Cristal a Tropas Estelares. Quando esta resenha foi ao ar,
afirmou-se erradamente que se tratava de uma menção ao longa homônimo
do diretor Paul Verhoeven, de 1997. Portanto, também foi equivocada à
menção do tradutor e editor terem "dormido no ponto" na adaptação.
O editor da Panini Fernando Lopes informou, por e-mail, que o
Tropas Estelares em questão é um livro de 1959, escrito por
Robert A. Heinlein, posteriormente adaptado para o cinema.
No entanto, vale a ressalva: se essa informação pode ser passada por e-mail,
igualmente poderia ter sido apresentada na revista. A falta dela não
atrapalha o entendimento da história, mas nem por isso é irrelevante.
Só acrescentaria um "algo mais" ao leitor.
Um ponto negativo é a baixa qualidade de impressão das fontes em várias páginas. Em alguns casos, fica impossível ler o que está escrito.
Para terminar, uma curiosidade: a capa da edição # 136, com Ciclope segurando o corpo da Fênix Negra em primeiro plano e todos os demais X-Men chorando ao fundo, é muito mais impactante do que a da edição seguinte, aquela em que a Fênix morre.
No Brasil, publicada pela primeira vez em Grandes Heróis Marvel # 7, a morte da Fênix teve esta como capa, inclusive com direito ao logotipo dos X-Men ruindo, como no original. Escolha acertadíssima da Abril para um momento histórico dos Filhos do Átomo.
Classificação: