Confins do Universo 219 - Histórias de Editor # 7: É o Lobo! É o Lobo!
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OS MELHORES DO MUNDO # 11

1 dezembro 2008


Autores: Amor e Morte - Jodi Picoult (texto), Drew Johnson (desenhos), Ray Snyder, Rodney Ramos (arte-final) e Lee Loughridge (cores);

Velocidade máxima - Marc Guggenheim (texto), Tony Daniel (desenhos), Art Thibert (arte-final), Tanya Horie e Richard Horie (cores);

Os Nômades / A Legião dos Super-Heróis - Mark Waid (texto), Barry Kitson (desenhos), Mick Gray, Jimmy Palmiotti (arte-final) e Nathan Eyring (cores);

Enterrando o passado - Ron Marz (texto), Fernando Pasarin (arte), Tanya Horie e Richard Horie (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Maio de 2008

Sinopse: Amor e Morte - Ao resgatar Nêmese da terrível bruxa Circe, Mulher-Maravilha cai numa armadilha do governo norte-americano.

Velocidade máxima - Íris Allen tenta paralisar seu neto, Bart, por uma semana. Segundo ela, o rapaz corre perigo. Para piorar a situação, a polícia tenta prendê-lo.

Os Nômades / A Legião dos Super-Heróis - Uma reviravolta alterna a situação da batalha contra os Domínions.

Enterrando o passado - Depois de derrotar Neron e um Monitor, Íon tem que lidar com a morte da mãe.

Positivo/Negativo: É bom avisar de cara: a capa de Os melhores do mundo # 11 é um clássico pega-ratão. A interrogação ao lado da chamada "A morte de Íon" tenta dissuadir o leitor a ver, no túmulo que ostenta uma estátua do herói, o sobrenome Rayner. Falta um passo para anunciar o fim do super-herói.

Só que, na história, não é Íon, cuja identidade civil é Kyle Rayner, quem morre. A falecida é a mãe do mocinho, que já estava mais pra lá do que pra cá havia tempo.

Dentro da trama, o túmulo é simples. Não aparece nenhuma estátua - muito menos a de um super-herói gigante.

A capa é, portanto, um golpe baixo. Mais que isso: é uma tentativa desavergonhada de induzir o leitor ao erro. A estratégia suja, diga-se de passagem, começou pela edição original da DC Comics - que, por sinal, foi ainda mais direta na picaretagem.

Mas a Panini, ao destacar a imagem na capa da sua publicação e ao escrever a chamada, deu seu próprio aval à falcatrua dos editores norte-americanos.

Nem mesmo uma alegação de que a morte do personagem é apenas metafórica resolve o enrosco. Afinal, a coroa de flores que estrategicamente esconde o nome da morta é uma tapeação grosseira.

A indução ao erro está muito, mas muito longe de ser apenas um erro editorial qualquer. No Brasil, pelo menos, a prática é condenada pelo Código de Direitos do Consumidor.

Mas não é preciso ir à justiça. Pode-se lembrar de uma história do italiano Carlo Collodi. Chama-se Pinóquio. Em sua encantadora novela, um boneco de madeira ganha vida e aprende que mentir é uma coisa muito, muito feia. E que tem seu preço.

Mesmo sem a falcatrua da capa, esta edição de Os melhores do mundo # 11 não seria uma revista de destaque.

A própria história de Íon tem um final acelerado para a saga espacial - e se enrola na ladainha metafísica da ressurreição temporária da mãe de Kyle Rainer. Depois de 12 partes, não chega nem mesmo a ser um desfecho: a trama continuará na minissérie A guerra do anel, que sai a partir de julho em Liga da Justiça.

Flash, por sua vez, traz mais uma HQ com narrativa truncada. Mesmo à beira de um acontecimento central na trama, fica difícil para o leitor desavisado enxergar a grandiosidade do que vem pela frente.

Nem mesmo o carro-chefe da revista, a Mulher-Maravilha de Jodi Picoult, se destaca. A boa mistura de ação e humor do roteiro é atrapalhada pela arte irregular: um dos piores trabalhos de Drew Johnson de que se tem conhecimento.

A HQ que chama atenção é Legião dos Super-Heróis. A história não é excepcional, os mistérios demasiados continuam a incomodar, mas uma boa reviravolta lá pelas tantas garante alguns minutos de diversão.

Classificação:

4,0

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