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OS MELHORES DO MUNDO # 13

1 dezembro 2008


Autores: Os Nômades / A Legião dos Super-Heróis - Mark Waid (texto), Barry Kitson (desenhos), Mick Gray, Jimmy Palmiotti (arte-final) e Nathan Eyring (cores);

Em busca de Cósmico - Prólogo - Tony Bedard (texto), Kevin Sharpe (desenhos), Robin Riggs (arte-final) e Nathan Eyring (cores);

Em busca de Cósmico - Tony Bedard (texto), Dennis Calero (arte) e Nathan Eyring (cores);

Amor e Morte - Jodi Picoult (texto), Terry Dodson (desenhos), Rachel Dodson (arte-final) e Alex Sinclair (cores).

Preço: R$ 8,00

Número de páginas: 112

Data de lançamento: Julho de 2008

Sinopse: Os Nômades / A Legião dos Super-Heróis - No final definitivo da guerra contra os domínions, o legionário Mon-El se sacrifica para eliminar de vez seus adversários. E Cósmico encontra um novo destino.

Em busca de Cósmico - Prólogo - A conclusão devastadora da luta contra os domínions altera os resultados da eleição para a liderança da Legião dos Super-Heróis. E Supergirl, a nova líder, organiza a busca para encontrar Cósmico.

Em busca de Cósmico - Separada em equipes, a Legião parte em busca do colega perdido.

Amor e Morte - Desconfiada da ira de sua própria mãe, que declarou guerra à humanidade ao lado das amazonas, Mulher-Maravilha decide enfrentá-la.

Positivo/Negativo: Na página 98 da edição anterior de Os melhores do mundo, havia, como é costume nas revistas mensais da Panini, um anúncio sobre o conteúdo do número seguinte.

Das poucas linhas do texto, constavam quatro histórias: o fim da guerra da Legião dos Super-Heróis contra os domínions, a segunda parte da empolgante série O bravo e o audaz, a conclusão do arco de Flash e, por fim, uma história da Mulher-Maravilha relacionada à minissérie O ataque das amazonas.

Quando esta edição # 13 chegou às bancas, seu conteúdo diferia brutalmente do anunciado: quatro histórias da Legião e uma da Mulher-Maravilha, e só.

O motivo, especula-se, é a reforma editorial que os títulos da DC Comics sofrerão em setembro, que acarretará até mesmo no cancelamento de Os melhores do mundo. A mudança está anunciada em um editorial que consta da página 114 deste volume.

Mas isso se pode apenas deduzir.

Isso porque a explicação para a substituição das histórias não foi dada. Nem no editorial, nem na abertura da revista nem na seção de cartas - em que o texto de abertura se dedica a comemorar o aniversário de um ano da moribunda.

As histórias simplesmente sumiram, e o leitor tem que se virar para adivinhar onde foram parar.

O final do arco de Flash, por exemplo, consta do Na próxima edição de novo, repetindo inclusive o mesmo texto: "o Velocista Escarlate enfrenta seu destino final".

O bravo e o audaz, que estreou bem na edição anterior, vai migrar para Superman & Batman, que sobreviverá às reformas. Segundo anúncio da Panini (em outra revista!), a própria história publicada em Os melhores do mundo de junho será republicada.

É absolutamente compreensível, claro, que a Panini decida reorganizar sua linha dedicada à DC Comics. Seria contraditório não defender a mudança: em inúmeros textos anteriores, este jornalista alertou que o excesso de títulos estava abrindo espaço para a publicação de materiais de qualidade questionável.

O que é inadmissível é a falta de satisfação ao leitor, que precisa se virar para descobrir o que aconteceu com a revista que acompanha. Não há um só pedido de desculpas ou uma mísera explicação - apenas a celebração do aniversário.

A sensação que fica é de que a editora está desdenhando o próprio consumidor. Ao deixar as explicações para meados de agosto, na Bienal do Livro, a Panini abre mão de se comunicar com o leitor atual, possivelmente fiel, para criar uma suposta notícia bombástica dirigida a um eventual novo leitor.

Para piorar a situação, as alterações geraram uma péssima revista. Nas mãos de Mark Waid e Barry Kitson, Legião dos Super-Heróis é uma série simpática. Em doses pequenas, funciona. Mas, em uma seqüência de quatro histórias, é de uma chatice atroz.

O tom de mistério constante, a Supergirl enigmática e a sensação de que tudo não passa de uma realidade paralela mais bobinha - sem nenhuma explicação - colabora para que a revista empolgue pouco.

Mas Waid e Kitson não produzem todas as quatro histórias. Apenas a primeira. As demais são roteirizadas por Tony Bedard, um escritor enfadonho, enrolado, sem sal, que produz roteiros excessivamente didáticos.

Até recentemente, Berard também roteirizada a série Exilados, na Marvel, revirando-a de cabeça para baixo e tendo como resultado uma HQ fraca de dar dó. Aqui, se vê o mesmo.

Nem o desenhista Dennis Calero consegue dar algum brilho à história. E haja paciência para se chegar até o final!

O empenho, contudo, vale a pena: por incrível que pareça, a história de Jodi Picoult para Mulher-Maravilha, relacionada à minissérie O ataque das amazonas, não é de se jogar fora. Tem arte do casal Dodson, tons pastéis bonitos de Alex Sinclair e um roteiro leve e bem-humorado de Jodi Picoult, com uma pegada feminina deliciosa.

A HQ, claro, tem seus defeitos: sofre o peso de estar vinculada às bobagens de O ataque das amazonas. Mas, apesar disso, diverte - e, nesse caso, é um baita mérito.

Infelizmente, ao tentar criar um bom ponto de partida para atrair novos leitores em setembro, a Panini errou feio com esta edição de Os melhores do mundo. Ao desrespeitar os leitores fiéis, a editora pode acabar gerando um efeito contrário: o de criar um ótimo momento para se encerrar coleções.

Classificação:

4,0

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