OS MELHORES DO MUNDO # 14
Autores: Velocidade máxima - Marc Guggenheim (texto), Tony Daniel (desenhos e arte-final), Marlo Alquiza, Jonathan Glapion (arte-final), Tanya Horie e Richard Horie (cores);
Resgate cósmico - Tony Bedard (texto), Dennis Calero (arte) e Nathan Eyring (cores);
Amor e Morte - Jodi Picoult (texto), Paco Diaz (arte) e Alex Sinclair (cores).
Preço: R$ 8,00
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Agosto de 2008
Sinopse: Velocidade máxima - Ao enfrentar a Galeria dos Vilões, o jovem Flash Bart Allen morre.
Resgate cósmico - A Legião dos Super-Heróis encara Pulsar - e Supergirl volta para o presente.
Amor e Morte - A morte iminente de Nêmese põe Mulher-Maravilha cara a cara com sua mãe, a Rainha Hipólita.
Positivo/Negativo: Esta é a última edição de Os melhores do mundo. Com pouco mais de um ano de vida, a revista foi cancelada. A medida integra a reforma editorial por que a linha DC Comics da Panini vai passar a partir deste mês.
Ao contrário de Universo DC, outra publicação que saiu de cena em agosto, Os melhores do mundo estava povoada, desde o começo, de personagens populares do segundo escalão da DC. Seu carro-chefe foi o belo arco de Allan Heinberg e do casal Dodson à frente da Mulher-Maravilha. Ao lado de Flash, da Legião dos Super-Heróis e de Kyle Rayner, um ex-Lanterna Verde bastante popular, a super-heroína compunha uma linha de frente bastante forte para a revista.
O problema é que, apesar de ter protagonistas carismáticos, as HQs em si nem sempre foram lá essas coisas.
A própria fase elogiada da Mulher-Maravilha sofreu atrasos nos Estados Unidos, comprometendo a presença constante da personagem no título. No arco atual, como fica evidente nesta edição, a nova roteirista, a romancista Jodi Picoult, tenta se virar para conseguir produzir algo de bom relacionado à fraca minissérie O ataque das Amazonas. A autora faz o que pode, e até consegue impor um certo humor à trama, mas o pano de fundo é triste.
A série de Flash que foi publicada em Os melhores do mundo é uma das mais sofríveis por que o herói passou nos últimos tempos. Protagonizadas por Bart Allen, neto do Flash mais conhecido, as histórias tinham um tom exageradamente melodramático - o que contrastava com a origem do garoto, que poucos anos atrás era o serelepe super-herói Impulso.
A série acaba em tragédia, com a morte do rapaz. Morte sem charme algum, tosca, apressada - que só reforça a sensação de que super-heróis falecidos já não valem meio tostão furado.
A mesma observação vale para Nêmese, que morre na aventura da Mulher-Maravilha. Tanto ele quanto Bart se vão sem pompa, sem gerar nada além de um chilique de quem está por perto, sem sequer uma capa fluorescente.
A questão não é saber se os mortos ressuscitam, e sim quando e como - e a sensação que fica é que até mesmo os personagens, vítimas das perdas, no fundo sabem disso.
O maior problema desta última edição de Os melhores do mundo nem são as mortes. A presença de três histórias da Legião dos Super-Heróis é bem pior. Com a liderança do fraco Tony Bedard (que substituiu Mark Waid), o título degringolou do simpático para o modorrento. Ler 75 páginas na seqüência só serve para enfatizar o fato de que a revista perdeu seu rumo.
Com o cancelamento, Legião dos Super-Heróis não tem destino certo. Já Flash e Mulher-Maravilha retornam para as páginas de Liga da Justiça. E a promissora série O bravo e o audaz, que teve apenas uma parte publicada em Os melhores do mundo, vai migrar para Superman & Batman.
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