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OS MELHORES DO MUNDO # 2

1 dezembro 2007


Título: OS MELHORES DO MUNDO # 2 (Panini
Comics
) - Revista mensal

Autores: Quem é a Mulher-Maravilha? - Allan Heinberg (texto), Terry Dodson (desenhos) e Rachel Dodson (arte-final);

O Herdeiro - Ron Marz (texto), Greg Tocchini (arte) e Jay Leisten (arte-final);

Rápido como um raio engarrafado - Danny Bilson, Paul Demeo (texto), Ken Lashley (desenhos e arte-final) e Walden Wong (arte-final);

A Legião dos Super-Heróis - Mark Waid (texto), Barry Kitson (desenhos) e Mick Gray (arte-final).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Agosto de 2007

Sinopse: Quem é a Mulher-Maravilha? - Durante um ano, a Mulher-Maravilha viveu como Diana Prince, integrante do Departamento de Assuntos Meta-Humanos do governo norte-americano. Mas agora seus velhos inimigos Mulher-Leopardo, Giganta e Dr. Psycho estão ameaçando Donna Troy e Cassie. E a velha mentora se sente na obrigação de ajudar.

O Herdeiro - Kyle Rayner, o Íon, enfrenta Tarra Karn, uma thanagariana que o acusa de destruir uma frota de naves estelares, quando percebe que está perdendo o autocontrole e parte em busca de respostas universo afora.

Rápido como um raio engarrafado - Por um ano, Bart Allen escondeu que ainda mantinha vínculo com a força de aceleração, mas precisou recorrer a ela para salvar seu amigo Griffin Grey de um acidente. Agora, o rapaz se prepara para reassumir o manto de Flash.

A Legião dos Super-Heróis - Supergirl acredita que a realidade do século 31, em que vive a Legião, é apenas um produto de seus próprios sonhos. Mas alguns legionários estão reticentes em aceitar essa versão.

Positivo/Negativo: Os Melhores do Mundo, a mais recente revista mix mensal da DC, achou sua força na reunião de personagens de segundo escalão, mas que têm um enorme carisma.

O melhor exemplo disso é a Mulher-Maravilha - a maior atração da revista, que emplacou capa pelo segundo mês. A personagem foi empurrada a fórceps ao primeiro escalão dos heróis da editora, durante a Contagem Regressiva para a Crise Infinita, depois de ficar durante anos relegada ao segundo plano, mas ainda está aquém de Batman e Superman.

Seu primeiro arco de Um Ano Depois mostra que ela viveu disfarçada como Diana Prince (por sinal, este era o nome de sua identidade secreta antes de Crise nas Infinitas Terras), sendo substituída por Donna Troy, que se vestiu de Mulher-Maravilha e passou a combater o crime ao lado de Cassie, a Moça-Maravilha.

Heinberg (The O.C., Jovens Vingadores) acerta ao manter a ação como uma marca do título solo da amazona - marca imposta por Greg Rucka antes de Crise Infinita.

Mas é a combinação exemplar de roteirista e artistas que transforma o arco em uma HQ de super-heróis fora de série. Tanto Heinberg quanto os Dodson são bons narradores. E juntos conseguem dar uma rara vivacidade à aventura.

Fãs mais apegados à cronologia também ganham margem para quebrar a cabeça. Afinal, na minissérie 52, Donna Troy aparece conhecendo a nova História da DC - logo, como ela se tornou a Mulher-Maravilha?

A essas alturas, já é perceptível que o Universo DC está repleto de contradições internas depois do desfecho de Crise Infinita, o que provavelmente é uma armação a ser explorada pelos roteiristas nos próximos meses.

Outro título que carrega esse estigma é Supergirl e a Legião dos Super-Heróis. A prima mais nova do Homem de Aço saiu da Crise Infinita com duas publicações - mas também aparece nas histórias do primo. Contraditoriamente, cada aparição apresenta uma versão diferente da personagem.

Como participante das aventuras da Legião dos Super-Heróis, Kara aparenta ser mais jovem, divertida e leve que a garota que aparece nas suas aventuras solo, nas quais está mais para delinqüente juvenil.

Também está mais próxima da versão clássica da heroína. Por isso, funciona tão bem com o clima da Legião, um grupo memorável que não é publicado com regularidade no País já faz alguns anos.

A chegada de Supergirl é justamente uma provocação com o status do tempo-espaço da DC, mas a história vai além disso: é uma série que evoca os bons momentos do passado do grupo.

Na sua segunda aventura, Bart Allen se transforma no novo Flash, ocupando a vaga deixada pelo sumiço de Wally West. A série tinha tudo para decolar, afinal, tanto o herói quanto o novo usuário da máscara estão entre os personagens favoritos dos leitores. Mas o garoto está arrasado, e a HQ se torna rapidamente um dramalhão.

Mas quem se dá pior na reformulação é Kyle Rayner. Com a volta de Hal Jordan ao Universo DC, o carismático Lanterna Verde dos anos 90 perdeu seu espaço. A editora, então, chamou seu criador, Ron Marz, para revitalizá-lo.

Marz, porém, parece ter esquecido que as melhores histórias do personagem mostravam o cotidiano de Kyle, um jovem aos moldes de Peter Parker clássico: um nerd atrapalhado que não sabia bem o que fazer com seus poderes.

Pena que o roteirista errou a mão tão cedo. Já nessa história, Marz joga Kyle numa saga cósmica. Parece que, como sua criatura, o criador não tem a menor idéia do rumo que está tomando. É uma pena.

Classificação:

4,0

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