Confins do Universo 221 - Piratas ao mar!
OUÇA
[adrotate group="9"]
Reviews

OS MELHORES DO MUNDO # 6

1 dezembro 2008


Autores: O herdeiro - Ron Marz (texto), Tom Grindberg, Greg Tocchini (desenhos), Jay Leisten (arte-final) e Jeremy Cox (cores);

Volta ao lar - Ron Marz (texto), Greg Tocchini (desenhos), Jay Leisten (arte-final) e Jeremy Cox (cores);

Rápido como um raio engarrafado - Danny Bilson, Paul Demeo (texto), Ken Lashley, Andy Smith (desenhos), Art Thibert (arte-final), Richard Horie e Tanya Horie (cores);

A Legião dos Super-Heróis - Mark Waid, Tony Bedard (texto), Barry Kitson (esboços), Adam Wracker (desenhos), Rob Stull, Rodney Ramos (arte-final) e Nathan Eyring (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Dezembro de 2007

Sinopse: O herdeiro - Íon chega a Oa com Alex Nero como prisioneiro. Lá, descobre que foi eleito o herdeiro dos Guardiões - e que o ser que acaba de derrotar é, na verdade, um homem-bomba feito de uma misteriosa energia amarela.

Volta ao lar - De volta à Terra, Íon revê velhos amigos e, de novo, depara com o ataque de um velho inimigo reforçado pela energia amarela.

Rápido como um raio engarrafado - Flash salva Jay Garrick e parte em busca do Grifo.

A Legião dos Super-Heróis - Supergirl provoca ciumeira no século 31.

Positivo/Negativo: Pela segunda edição consecutiva, Os Melhores do Mundo tem que se sustentar sem o título mais forte de seu mix: Mulher-Maravilha, de Allan Heinberg (Jovens Vingadores) e com arte do casal Dodson (Homem-Aranha).

E, novamente, se dá bem. Mesmo sem nenhuma aventura marcante, a revista compila aventuras envolventes de personagens carismáticos.

Depois de um começo megalomaníaco e pouco eficiente, Ron Marz reconduz o Íon à Terra e ao cotidiano. Assim, retoma o clima de sua gestão no título do Lanterna Verde, quando criou o próprio Kyle Rayner e, de quebra, fez o melhor trabalho de sua carreira. Ao misturar poderes cósmicos com a rotina de um desenhista de Nova York, o roteirista acerta em cheio.

Como é típico nas histórias de super-heróis, Marz demonstra uma grande crença na humanidade e em seu futuro. Apesar de ser consideravelmente menos desenvolvida, a Terra abala o equilíbrio do universo. Mesmo uma entidade cósmica milenar como os Guardiões volta e meia é abalada pela presença de terráqueos: ou é destruída ou reconstruída ou, neste caso, tem um humano eleito como herdeiro.

A Legião dos Super-Heróis é uma HQ morna, mas simpática. Vale a pena reparar que, por se passar no futuro distante, reflete justamente a visão do presente que se vê em Íon: a Terra é tão importante que passa a ser uma espécie de centro político e social da galáxia, ou do universo todo, sabe-se lá. Os personagens vivem numa utopia científica em que a democracia e o bem praticamente venceram.

A versão da Legião de Mark Waid e Tony Bedard é inocente, algo que o traço delicado de Barry Kitson só reforça. O contraste com a maior parte dos títulos de super-heróis da atualidade é gritante. Mas, naturalmente, uma realidade é conseqüência da outra: mesmo com seus vilões, a Terra do futuro é uma prova de que os heróis de hoje não estão lutando em vão.

O ponto fraco da revista é, de novo, Flash. Bart Allen não consegue empolgar depois que se tornou um jovem compenetrado e foi promovido ao posto de homem mais rápido do mundo. A trama também patina sobre si mesma: o Grifo é um bandido melodramático e pouco convincente. Já deu o que tinha que dar.

Mas é bom lembrar que o corredor escarlate é uma exceção no meio do mix - e que todos os títulos regulares da Panini têm sua maçã podre nos dias de hoje.

Apesar dele, é bem provável que Os Melhores do Mundo se sustentasse sem as histórias da Mulher-Maravilha por algum tempo. Mas a edição de janeiro já chegará às bancas com o desfecho do arco da amazona - e, diante de uma boa notícia dessas, é melhor nem reclamar.

Classificação:

4,0

Leia também
[adrotate group="10"]
Já são mais de 570 leitores e ouvintes que apoiam o Universo HQ! Entre neste time!
APOIAR AGORA