Confins do Universo 204 - Marcelo D'Salete fazendo história (em quadrinhos)
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OS MORTOS-VIVOS # 4 – DESEJOS CARNAIS

10 outubro 2009


Autor: Robert Kirkman (roteiro), Charlie Adlard (arte) e Cliff Rathburn (tons de cinza).

Preço: R$ 32,90

Número de páginas: 144

Data de lançamento: Outubro de 2009

Sinopse: O mundo como conhecemos acabou. O planeta está infestado de zumbis e os humanos sobreviventes precisam encontrar lugares seguros.

O grupo liderado por Rick Grimes tenta se manter seguro dentro de uma prisão. Mas nem só os mortos-vivos são as ameaças.

Positivo/Negativo: Os mortos-vivos é sempre uma ótima leitura.

Esta série é o melhor trabalho do roteirista Robert Kirkman, que também é autor de Zumbis Marvel e Invencível.

A trama continua exatamente do mesmo ponto em que se encerrou Os mortos-vivos # 3. E isso quer dizer que começa com a emoção em alta, pois Kirkman costuma encerrar as edições da série com grandes ganchos para os próximos acontecimentos.

Como se tem feito habitualmente nos melhores filmes de zumbi, Os mortos-vivos é menos sobre mutilações e carne humana devorada, e muito mais sobre como os seres humanos reagem em momentos de grande tensão e terror.

Não há personagens inocentes. Mesmo Rick Grimes, que encarna o "mocinho" da história, toma muitas atitudes questionáveis.

Kirkman não enuncia a metáfora, faz os personagens a viverem - um bom exemplo está na sacada do final da edição.

E quando o leitor decifra essa metáfora, o terror é ainda maior, pois percebe que não é necessário um cadáver faminto no corredor para que um ser humano tome aquela decisão. Os mortos-vivos é uma série sobre os limites e a ética humana.

A arte de Charlie Adlard dá conta de manter a tensão e a narrativa. Seu traço não tem nada de muito destaque, mas é competente na diagramação dos quadros e nas expressões faciais.

É quase irônico saber que a HQM dá sinais de vida com uma história de desmortos. A editora faz um trabalho competente, a um preço honesto, mas dá suas escorregadas. Como a logotipia da série em baixa resolução logo na primeira página do álbum.

E, é claro, a irregularidade do lançamento - este álbum foi anunciado para maio de 2009 e só saiu agora. O leitor não sabe quanto tempo levará para ser lançado o próximo encadernado.

Elogie-se, porém, a presença de todas as capas originais ao final do volume, bem como o posfácio do jornalista Télio Navega. Pequenos detalhes que enriquecem um material que vale a pena ser lido e colecionado.

 

Classificação:

4,0

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