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OS MORTOS-VIVOS - VOLUME 2 - CAMINHOS TRILHADOS

1 dezembro 2006


Título: OS MORTOS-VIVOS - VOLUME 2 - CAMINHOS TRILHADOS
(HQM Editora)
- Edição especial
Autores: Robert Kirkman (roteiro) e Charlie Adlard (arte).

Preço: R$ 28,90

Número de páginas: 140

Data de lançamento: Novembro de 2006

Sinopse: O mundo já não é o mesmo. Uma praga misteriosa se abateu sobre o planeta, fazendo com que os mortos voltassem à vida como zumbis famintos e em constante decomposição.

Nesta nova e chocante realidade, o policial Rick Grimes faz o possível para manter em segurança sua família e um pequeno grupo de sobreviventes.

Mas as coisas não vão bem. Vivendo num acampamento nas cercanias de Atlanta, cercados de zumbis por todos os lados, achar comida e manter-se em segurança são tarefas cada vez mais difíceis para essas pessoas.

Assim, em busca de um lugar melhor, os sobreviventes partem numa jornada pelas estradas norte-americanas, que estão repletas de carros abandonados e cadáveres em decomposição.

Nessa dramática e emocionante viagem, nas quais são expostas as angústias e esperanças humanas, Rick e os outros encontram mais sobreviventes e começam a perceber que a terrível situação na qual se encontram pode ser ainda pior do que imaginavam.

Positivo/Negativo: Uma coisa deve ser dita: dificilmente você encontrará uma história de zumbis com um enfoque tão sério. Nesse gênero, assim como em outros de monstros, predomina a ação, a escatologia, o medo e o humor. Este último pode aparecer de duas formas: ou a história tem intenção de rir do gênero ou acaba ficando cômica pela baixa qualidade.

Mortos-Vivos é bem diferente. Nesta edição, mais do que na anterior, vê-se uma tendência de experiência social. Uma análise da sociedade moderna, a capacidade das pessoas de interagir umas com as outras e, principalmente, até onde alguém pode chegar em uma situação de desespero.

Esse clima mais pesado já fica bem claro nas primeiras páginas, que mostram a mulher de Rick fazendo sexo com o melhor amigo dele; e as conseqüências desse ato que ficarão como uma nuvem pairando sobre a cabeça de Lori e Rick durante toda a história.

A trama em si não evolui muito. O grupo começa a perambular e descobrir que quase tudo está abandonado e dominado pelos zumbis. Também não espere nenhuma explicação de como tudo aconteceu. Aparentemente, Kirkman não está deixando nem pistas e nem fazendo questão de largá-las pelo caminho, ao menos por enquanto.

O próximo volume promete ser bem interessante, continuando esse jogo de idéias, apresentando uma ironia do grupo encontrar proteção em um presídio, além de algumas subtramas que estão andando envolvendo cada personagem.

Quanto à arte, ela perdeu muito com a mudança de desenhista. Charlie Adlard tem um traço competente, mas não tem nada de mais. Seu trabalho não é feio; é comum, lhe falta um estilo próprio, um diferencial, algo que destaque na arte.

A edição nacional está de parabéns. Comparada à americana nota-se visivelmente a melhor qualidade gráfica, a preocupação com a arte da capa, além de trazer uma galeria de capas coloridas, algo que não é feito no encadernado original, mas que vale muito a pena, pois as capas são muito bem pensadas.

Apesar do bom trabalho, houve um pequeno erro na digitação do nome do desenhista na terceira página: onde se lê Tony Moore (desenhista do volume anterior) deveria constar Charlie Adlard, como na capa e na orelha.

 

Classificação:

4,0

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