Título: OS NOVOS VINGADORES # 28 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Os Novos Vingadores - Brian M. Bendis (roteiro) e David Finch (desenhos);

Thor - Juramento de Sangue - Michael Avon Oeming (roteiro) e Scott Kolins(arte);

Capitão América - Ed Brubaker (roteiro) e Steve Epting e Michael Lark (arte);

Jovens Vingadores - Allan Heinberg (roteiro) e Jim Cheung (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Maio de 2006

Sinopse: Os Novos Vingadores - Investigando o responsável pela rebelião na Balsa, os Novos Vingadores seguem a pista de Electro e acabam indo parar na misteriosa... Terra Selvagem.

Capitão América - A vingança de Ossos Cruzados.

Thor - Juramento de Sangue - Um verdadeiro duelo de titãs: Thor contra Hércules!

Jovens Vingadores - A origem do Rapaz de Ferro.

Positivo/Negativo: Esta edição de Novos Vingadores serviu para mostrar como funcionará a dinâmica entre os novos integrantes da equipe. Sem dúvida, pode-se esperar muito bom humor, garantido por Cage e o Aranha, mas sem perder o espírito de que eles são um grupo e não apenas uma coleção de personagens de destaque da editora.

Há vários momentos engraçados. Um dos melhores é no final da história, quando o Aranha brinca com o clichê de que ninguém chega à Terra Selvagem sem sofrer um acidente. Obviamente, era preciso ter um momento típico do Cabeça-de-Teia: ele diz que tudo acabaria sendo culpa dele quando descobre que Electro, um de seus vilões, foi o responsável pelo motim na prisão.

O desenho de David Finch está muito bom. Ele tem dado mais atenção aos pequenos gestos e detalhes, fazendo ótimas cenas, como a seqüência em que o Vingadores encontram o Electro, que faz uma cara de pânico.

Além disso, Finch mantém sua característica de fazer bons efeitos especiais e cenas de impacto, como a da última página.

Thor - Juramento de Sangue é a história mais leve da revista. Todo o resto do mix tem um clima tenso, um suspense rolando, mas esta é uma daquelas aventuras descompromissadas para quem quer ver uma boa briga entre deuses.

O único problema é que a luta ocupa toda a história e, ainda assim, não termina. Certamente, poderia ser um pouco mais concisa. Mas, para uma aventura nessa linha, vale pelos desenhos de Scott Kolins, com suas cenas bem montadas, nas quais quase se pode "sentir" a intensidade dos golpes dos personagens.

Capitão América continua sua intriga e suspense intenso. A situação por que o Capitão está passando, com todos os seus flashbacks, muitas vezes conflitantes com suas memórias, é desesperadora.

A luta entre ele e Ossos Cruzados tem uma narrativa ótima. O corte das cenas entre o presente e o que está desenrolando na mente de Steve é feito de forma ideal para passar a agonia do herói, que não consegue se concentrar na luta.

O desenho ajuda muito a manter o clima sombrio, realista, cruel e tenso em que a ação está se desenrolando. Mas o grande destaque fica para a arte da capa, que merecidamente ganhou também a da edição brasileira. Com um fundo quase fotográfico, a posição de respeito do Capitão diante o túmulo é perfeita.

Em Jovens Vingadores, ao mesmo tempo em que a história se esclarece com a revelação do Rapaz de Ferro sobre sua juventude no futuro e sua tentativa de impedir que uma versão futura e perversa dele domine o presente, surge uma nova trama com a presença da filha do recém-falecido Homem Formiga e a descoberta dos seus poderes.

A história tem um ritmo muito legal, com bons diálogos e desenhos caprichados. Tem tudo para prosseguir como um título excelente.

 

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