Título: OS NOVOS VINGADORES # 38 (Panini
Comics) - Revista mensal

Autores: Os Novos Vingadores - Brian M. Bendis (roteiro) e Frank Cho (desenhos);

Capitão América - Ed Brubaker (roteiro) e Mike Perkins (arte);

Sentinela - Paul Jenkins (roteiro) e John Romita Jr. (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Março de 2007

Sinopse: Os Novos Vingadores - O público descobriu que os maiores heróis da Terra estão de volta. Agora, eles terão que apresentar o novo grupo para a imprensa. Mas o que será que J.J. Jameson vai achar dos integrantes da equipe?

Capitão América - A filha do Caveira Vermelha está viva, mas não é mais a mesma.

O Sentinela - Esqueça tudo que você sabia sobre o Sentinela. A verdade sobre o Defensor Dourado da Decência pode estraçalhar o próprio mundo.

Positivo/Negativo: Bendis retoma um dos rituais clássicos dos Vingadores: a apresentação de uma nova equipe. Mas, como sempre, consegue dar seu toque pessoal e tirar o foco do evento e mostrar os personagens envolvidos e o fato de eles não estarem acostumados a serem tratados como estrelas.

Como foi visto até agora, o herói que mais teve sua vida modificada com a entrada para os Novos Vingadores foi o Homem-Aranha, mas, nesta edição, ele descobrirá que certas coisas nunca mudam, principalmente quando se trata do editor do Clarim Diário.

Existem algumas tramas paralelas correndo, como a da Mulher-Aranha e a Hidra, que dá tantas voltas que fica difícil saber exatamente quem está do lado de quem. O que ficou estranho neste número foi a participação da Carol Danvers, que aparentemente não tem ligação direta com a trama. Ela teria sido escolhida como personagem principal da edição para se lançar a idéia de uma super-heroína com um blog e porque a revista é desenhada pro Frank Cho, famoso por suas mulheres.

Sobre o desenho, aliás, esta revista está longe dos melhores trabalhos de Cho. Ele até consegue se dar bem em quadrinhos de heróis, mas em títulos mais alternativos, nos quais pode ser ele mesmo, como Shena. Em Vingadores, porém, tem mostrado um trabalho travado e sem a elegância costumeira.

Capitão América tem uma edição parada, com a proposta de introduzir uma nova personagem na trama, a filha do Caveira Vermelha. O que salva é a arte, mas não tanto pelo desenhista. Mike Perkins tem um traço bem executado, mas o verdadeiro destaque é o trabalho de cores de Frank D'Armata, que dá vida e muita intensidade para a história.

O Sentinela é o perfeito exemplo de um arco longo demais. Mesmo com a Panini publicando duas histórias por edição e adiantando a trama, Jenkis progride de forma tão morosa e sempre tentando inserir novas dúvidas, que chega a ser cansativo.

Não espere nenhuma grande verdade sobre o Sentinela ainda, pois, pelo que se vê no último quadro, qualquer revelação pode se mostrar uma mentira na edição seguinte.

Nem Romita Jr. garante a revista. Ele parece estar fora de seu habitat natural, desenhando um herói rígido, diferente demais do tempo que fazia movimentos impossíveis para o Aranha, Wolverine ou o Demolidor.