OS NOVOS VINGADORES # 47
Autores: Os Novos Vingadores - Brian M. Bendis (roteiro) e Jim Cheung (desenhos);
Homem de Ferro - Daniel e Charles Knauf (roteiro) e Patrick Zircher (desenhos);
Miss Marvel - Brian Reed (roteiro) e Roberto de La Torre (desenhos);
Capitão América - Ed Brubaker (roteiro) e Mike Perkins (arte).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Dezembro de 2007
Sinopse: Os Novos Vingadores - Alguém que conhece todos os segredos de Stark invade a Torre dos Vingadores e está pronto para matá-lo. Agora, o Homem de Ferro só pode contar com a inesperada ajuda da Diretora Hill e a S.H.I.E.L.D.
Capitão América - No meio da Guerra Civil, Bucky continua agindo nos bastidores, mas agora está trabalhando para Nick Fury.
Homem de Ferro - Enquanto Tony trabalha como garoto-propaganda da lei de registro, terá que lidar com as pressões políticas, sem falar dos vilões que nunca o deixam em paz.
Miss Marvel - Carol recruta a Araña como uma das primeiras jovens super-heroínas a receber o treinamento especial previsto na lei de registro. Enquanto isso, Aracne e Mortalha estão tentando fugir do país.
Positivo/Negativo: Juntando a história de Novos Vingadores com a de Homem de Ferro, esta edição ficou com cara de campanha política para um novo cargo para Tony Stark: diretor da S.H.I.E.L.D.
Desde que lançaram a idéia de que Stark seria um bom político, naquela infame e rápida fase em que ele foi Secretário de Defesa dos Estados Unidos, a Marvel procurou um cargo para o personagem. Agora, com o vácuo de poder na principal agência fictícia do mundo dos super-heróis, nada mais natural que ele seja um candidato.
É interessante notar a mudança de tom que Bendis assume. Desde que contou a história na qual Fury vai para clandestinidade (na minissérie Guerra Secreta), a Diretora Hill foi retratada como uma pessoa de mau caráter, uma pedra no sapato que a comunidade de super-heróis nunca poderia confiar.
Agora, ela se mostra digna do cargo, podendo ser tão "foda" quanto Fury e, mais: que é uma boa pessoa, apoiando Tony para o posto de novo líder da Agência.
Ela faz tudo isso salvando Stark da morte certa. A Torre dos Vingadores foi atacada por Kenny, um ex-empregado e ex-confidente que ajudou Tony a desenvolver boa parte da tecnologia que foi transformada nos "mata-capas" (soldados armados para caçar super-humanos que não se registraram).
Kenny se revoltou quando descobriu que todos os seus ideais, que todo o bem que pensava estar fazendo foi pervertido por Stark e usado contra os heróis.
Algo interessante é que a trama mostra a fragilidade do Homem de Ferro, que é facilmente derrubado por alguém que conhecia os segredos necessários. Outro bom momento é quando Hill está se preparando para invadir a Torre e recebe todo o armamento especial, no melhor estilo James Bond.
Além disso, a história conta com a arte competente de Jim Cheung. Quem o conhece de Jovens Vingadores, pode esperar um visual mais requintado. O traço dele é basicamente o mesmo, com boas estilizações e ótima fluidez, mas o trabalho do colorista Justin Ponsor fez uma diferença e tanto no clima da aventura.
Em compensação, no título solo do Homem de Ferro pouca coisa se aproveita. Somente agora ele entrou na Guerra Civil. Assim, esta edição ficou como uma tentativa forçada de adequar o personagem que vinha sendo construído aqui ao que está aparecendo em todo o restante da Marvel. Algo bastante complicado. A única coisa que se salva é a luta entre o segurança de Stark, Hogan e o Espião-Mestre.
Miss Marvel, desde que passou a se ligar com a Guerra Civil, perdeu toda a boa proposta. Aqui, Carol fica apresentando para a Araña como será a vida da moça. Ou seja, virou uma personagem inexpressiva, num título de segundo escalão, servindo como único exemplo de heroína registrada, monitorada e treinada. Muito sem propósito.
Já Capitão América segue uma linha diferente. Considerando que o herói é peça-chave nessa Guerra e que está mais do que exposto nesse momento tenso, Ed Brubaker dedica toda a edição ao Bucky. Além disso, usa muito bem uma participação especial do Fury, mostrando que ele está armando alguma coisa nos bastidores.
Como de costume, com um desenho bem feito e uma narrativa em ritmo agradável, Capitão América é uma HQ muito boa de se ler.
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