OS NOVOS VINGADORES # 48
Autores: Os Novos Vingadores - Brian M. Bendis (roteiro) e Alex Maleev (desenhos);
Homem de Ferro - Daniel & Charles Knauf (roteiro) e Patrick Zircher (desenhos);
Miss Marvel - Brian Reed (roteiro) e Roberto de La Torre (desenhos);
Capitão América - Ed Brubaker (roteiro) e Mike Perkins (arte).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Janeiro de 2008
Sinopse: Os Novos Vingadores - Todos achavam que o Gavião Arqueiro estava definitivamente morto, mas algo aconteceu depois da Dinastia M. Confuso, ele procura a ajuda do Dr. Estranho para entender sua situação e encontrar Wanda.
Capitão América - Sharon continua trabalhando para a S.H.I.E.L.D., mas como agente infiltrada de Fury. Assim, quando o Capitão decide voltar a caçar o Lukin e cai em uma emboscada, ela vai ao seu resgate.
Homem de Ferro - Tony está em um momento difícil. Além de todo o conflito da Guerra Civil, seu amigo Happy Hogan está internado em estado crítico depois de um ataque do Espião Mestre.
Miss Marvel - Carol parte para um feroz confronto contra Aracne, que não aceita se separar de sua filha de forma alguma.
Positivo/Negativo: A história de Novos Vingadores parece perdida, mas faz sentido na lógica que Bendis segue ultimamente. Em cada edição, ele fez parceria com um artista e focou em um dos Vingadores. Agora é a vez do Gavião Arqueiro.
Após a morte do personagem, em Vingadores - A Queda, ele retorna na Dinastia M e, no final dessa minissérie, fica uma ponta solta com uma possível volta dele à vida. Mas se isso realmente aconteceu, o que ocorreu nesse meio tempo?
Isso é o que mostra esta edição. O personagem está perdido no mundo, quer tirar satisfações com Wanda, mas quando a encontra, sem nenhuma memória sobre sua vida pregressa, fica mais confuso ainda.
Trata-se de uma HQ reflexiva, que não deixa claro o rumo que o autor tomará com os Vingadores a partir daqui. Certamente, Bendis não dedicaria uma edição só para reapresentar o Gavião e Wanda e depois os abandonaria. Mas como isso se ligará ao principal grupo de heróis da Marvel, principalmente depois da Guerra Civil, ainda é um mistério.
Agora, independentemente da trama, a história será lembrada, merecidamente, pela arte genial de Alex Maleev.
O artista já tem um estilo marcante e sempre se destaca em seus trabalhos. Aqui, ele foi além e fez da HQ uma grande homenagem ao austríaco Gustav Klimt. Os cenários, as cores, o porte físico dos personagens, tudo faz referência à obra do pintor. A prova definitiva é Wanda, com seu exuberante vestido vermelho cheio de texturas impressionantes - uma fiel representação das muitas mulheres retratadas ao longo da obra do autor.
Vale dizer que Maleev, mais do que um desenhista, é um genial colorista. Assim, ele imprime texturas fantásticas em suas páginas, criando um clima que sempre completa com competência o tom da narrativa.
Pena que os editores brasileiros não tiveram a ousadia de colocar a belíssima capa feita pelo autor como capa da revista. Como sempre, optaram por coisas "comercialmente seguras", como o Capitão América e o Homem de Ferro se esmurrando.
Miss Marvel, que andava um pouco fora do rumo desde o começo da Guerra Civil, tem uma boa edição com o conflito com Aracne. Cai muito na tecla que está sendo batida em diversas revistas, de que o pessoal pró-registro está do lado certo da lei, mas nem por isso está fazendo coisas "heróicas". Mesmo assim, é uma boa aventura.
Já Homem de Ferro vai na contramão do que se vê no restante do Universo Marvel. No seu próprio título, ele está inseguro, tem dúvidas e até lida com uma complicada questão sobre eutanásia. A história não é grande coisa, mas, em relação ao que vinha acontecendo, é um bom sinal de melhora.
Em Capitão América, Brubaker continua desenvolvendo uma história que é maior do que o personagem central. Na edição anterior, ele centrou em Bucky. Agora, é a vez de Sharon Carter. Ambos estão trabalhando para Nick Fury, que está agindo na clandestinidade.
Como sempre, tem muito mais coisas acontecendo do que o leitor sabe. O Caveira está agindo junto com Arnim Zola e a Hidra estava cuidando da base da IMA que o Capitão investiga.
No geral, com um ritmo narrativo tenso e uma arte que retrata bem isso, este arco de Capitão América tem sobrevivido com sobras à forte ligação do personagem com a Guerra Civil.
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