OS NOVOS VINGADORES # 51
Autores: Os Novos Vingadores - Brian M. Bendis (roteiro) e Leinil Yu (desenhos);
Capitão América - Ed Brubaker (roteiro) e Steve Epting (arte);
Os Novos Vingadores - Illuminati - Brian M. Bendis, Brian Reed (roteiro) e Jim Cheung (desenhos);
Miss Marvel - Brian Reed (roteiro), Roberto De La Torre (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Abril de 2008
Sinopse: Os Novos Vingadores - A história mostra o embate dos Vingadores com os Ninjas de Elektra, ao mesmo tempo em que continua recapitulando os eventos que os levaram ao Japão.
Capitão América - Depois da morte do Capitão América, os amigos mais próximos pensam qual será o rumo de suas vidas. Enquanto isso, o Caveira Vermelha continua com seus planos.
Illuminati - Preocupados com o poder de Beyonder, o ser que causou o evento conhecido como Guerras Secretas, os Illuminati vão atrás dele sabendo que, na verdade, ele é um inumano mutante.
Miss Marvel - Carol sai para um encontro na expectativa de ter um relacionamento normal, mas quando volta para casa descobre que a IMA estava fazendo experiências em um velho inimigo dela.
Positivo/Negativo: Uma edição inteira bacana, algo difícil nos mixes mensais brasileiros.
Começa com Novos Vingadores trabalha bem a questão dos tempos presente e passado. Na verdade, pouco é mostrado da situação atual dos heróis enfrentando os ninjas do Tentáculo, pois a ação se concentra nas tentativas de Tony Stark de prender os Vingadores rebeldes.
Aliás, é interessante notar que, até o momento, Stark parecia estar fazendo vistas grossas e deixando os heróis não registrados atuar. Era quase uma afronta um milionário como Danny Rand continuar à solta sendo que todos sabem sua identidade secreta.
Contudo, Bendis esclarece essas situações. Rand e seus advogados amarraram Stark juridicamente. Assim, bastou Danny dizer que não era o Punho de Ferro que está na ativa. A edição inteira vale pela cena que o advogado encara o Homem de Ferro e insinua que um processo judicial demoraria mais que o mandato dele como diretor da S.H.I.E.L.D.
Outra tramóia foi a venda da mansão do Dr. Estranho para uma empresa, impedindo legalmente que Stark entrasse violentamente na casa. Claro que ele não respeita tanto isso e, quando percebe que um feitiço está enganando seus sistemas, apela para a magia do Irmão Vodu.
Apesar de tumultuado e cheio de excessos, o desenho de Leinil Yu tem suas qualidades. O artista sabe dar movimento às cenas e faz bons enquadramentos. No geral, para uma história de ação, cumpre o seu papel e até arrebata uma quantidade razoável de fãs.
Se alguém ficou tentado a comprar Capitão América: Morre uma Lenda, saiba que a história desta edição escrita por Brubaker vale mais do que toda a minissérie. O autor retrata o luto pelo Capitão seguindo uma lógica mais realista. Nada espalhafatoso, mas cada pessoa ligada diretamente ao herói age de uma forma. O Falcão se vê obrigado a se registrar para poder acompanhar o corpo do amigo. Sharon se demite da S.H.I.E.L.D. Bucky entra em uma briga de bar e por aí vai.
É uma história sóbria, com arte bem feita, algo condizente a uma homenagem ao Capitão América.
Em Miss Marvel, depois de um arco ruinzinho, voltam as histórias que mostram a heroína como uma mulher tentando se encontrar. É uma trama bacana, que dosa bem a ação com as cenas dela paquerando um sujeito. E o roteirista aproveita para resgatar um inimigo que pode render uma seqüência de luta interessante na próxima edição.
Quem deu uma derrapada foi Roberto De La Torre. Principalmente nas páginas iniciais, em que "achatou" a cabeça de Carol e, dali para frente, na maior parte das cenas em que ela aparece sem máscara seu rosto ficou estranho à beça.
Illuminati, apesar de ter uma história excelente, mexeu num vespeiro que certamente desagradou muitos fãs. Aqui é resgatado o misterioso Beyonder, uma criatura de imenso poder. Até aí, tudo bem, o problema é quando tentam dar uma origem para ele.
Algumas coisas deveriam ficar como estão. Contudo, certos autores têm necessidade de mexer com elementos antigos da cronologia e justificar o que não é necessário. O Beyonder se revelar um inumano mutante que ficou excessivamente poderoso depois de passar pelas névoas terrígenas é dose!
Pelo menos o desenho e o desenrolar da trama é bom. E, novamente, os Illuminati mostram que podem fazer mais mal do que bem com suas intervenções.
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