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OS NOVOS VINGADORES # 53

1 dezembro 2008


Autores: Thor - J. Michael Straczynski (roteiro) e Oliver Coipel (desenhos);

Os Novos Vingadores - Brian M. Bendis (roteiro) e Leinil Yu (desenhos);

Capitão América - Ed Brubaker (roteiro) e Steve Epting e Mike Perkins (arte);

Miss Marvel - Brian Reed (roteiro) e Aaron Lopresti (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Junho de 2008

Sinopse: Thor - O Dr. Donald Blake vai buscar o Mjolnir e por intermédio dele acessa o limbo para conversar com o próprio Thor. A princípio, o herói asgardiano não está disposto a voltar, mas Blake tenta convencê-lo.

Os Novos Vingadores - No Japão, os Vingadores travam uma luta feroz com os ninjas do Tentáculo até que fazem uma descoberta surpreendente.

Capitão América - A filha do Caveira Vermelha está organizando um grande plano para libertar Ossos Cruzados. Enquanto isso, Bucky se prepara para vingar a morte do Capitão; e Sharon e Falcão tentam achá-lo antes que faça alguma besteira.

Miss Marvel - Carol tem um briga séria com Tony Stark, mas ele ainda a convida para liderar os Poderosos Vingadores. Como condição, ela pede para ter uma equipe paralela de agentes de elite da S.H.I.E.L.D. para resolver problemas antes que se tornem grandes demais.

Positivo/Negativo: No geral, retornos de super-heróis da morte são marcados pela por uma "forçada" do roteirista que se dissolve num conchavo não declarado. De um lado, o leitor finge que o personagem que morreu tem que ficar no além, mas, no fundo, quer ver seu herói de volta.

Do outro, a editora sabe que personagens tradicionais, ainda mais em eventos de morte e ressurreição, dão (bastante) lucro. Então, por mais que a trama seja fraca, todos disfarçam e comemoram o retorno.

Felizmente, a volta do Thor é uma exceção à regra. J. Michael Straczynski criou uma história de abertura tão bacana para o retorno do deus asgardiano que surpreende.

Vale dizer que para dar certo ele precisou trabalhar "por fora" alguns meses antes para deixar a história no ponto. Depois do evento Ragnarök, que destruiu Asgard e "matou" o Thor, teoricamente não haveria como o personagem retornar.

Mas, nos meses em que ficou no título do Quarteto Fantástico, Straczynski mostrou a aparição do Mjolnir na Terra e encerrou com Donald Blake indo até o local onde estava o martelo.

Assim, ele pôde fazer a primeira edição de Thor sem perder tempo com prelúdios. E, de uma forma simples e até poética, digna do início de uma nova mitologia de um deus, o autor conta o retorno do Deus do Trovão do limbo.

Para justificar a continuidade da existência de Thor e a possibilidade da aparição de novos guerreiros asgardianos, Donald Blake diz filosoficamente: "Não cabe aos deuses decidir se o homem existe ou não, cabe ao homem decidir se os deuses existem ou não.".

No final, depois que Thor decide voltar com Donald Blake, o leitor vê o médico carregando o clássico bastão de madeira e se hospedando em uma pequena cidade de Oklahoma.

É uma história memorável, com um ritmo excelente, cheia de belíssimas splash pages feitas por Oliver Coipel. Realmente, um retorno triunfal.

Em contraste com uma arte tão limpa e bonita, esta edição traz a confusa e quase impossível de acompanhar HQ de Leinil Yu em Novos Vingadores. Especialmente nessa edição, concentrada na luta do grupo contra milhares de ninjas do Tentáculo, o traço poluído deixa a maioria das cenas incompreensíveis.

Aliás, a HQ acabaria sendo bem chata não fosse pela revelação do final, quando Eco mata Elektra que, na verdade, era uma skrull, deixando a primeira pista para a próxima grande saga da Marvel: a Invasão Secreta.

A segunda pista são os olhinhos verdes da filha de Jéssica e Cage no final da história depois da morte da Elektra skrull.

Miss Marvel que tem andado à deriva. Pra piorar, entrou numa fase nada original. Carol aceita comandar os Vingadores, mas, nas horas vagas, vai liderar uma equipe de elite da S.H.I.E.L.D. para operações preventivas. Quantos grupos de heróis preventivos já se viu por aí? E eles nunca duram.

A arte é do mediano Aaron Lopresti, que por muito tempo ele desenhou títulos dos mutantes, principalmente acompanhando Chris Claremont. Não é um artista ruim, mas não se destaca em nada.

O Capitão América de Brubaker atravessa aquele momento digno dos filmes, quando alguém morre ou rola um pico dramático e, em seguida, vai sendo mostrado o que está acontecendo com os outros personagens em cenas curtas.

Na verdade, o título chega a passar para o leitor a sensação da falta que o Capitão América faz para os personagens e o ambiente. É bem interessante.

É uma narrativa entrecortada, lenta, que ficaria melhor de ler em um grande encadernado, mas, como nunca se sabe se isso vai acontecer, o jeito é acompanhar mensalmente.

Aliás, nesta edição de Capitão América há uma participação especial do Professor Xavier, andando e com seus poderes de volta. Como isso é possível? A explicação está em outro título escrito por Brubaker e publicado em X-Men # 78. Bem que o editor (tanto o original quando o nacional) poderia ter colocado uma nota, pois, normalmente, Charles Xavier não anda e recentemente tinha perdido seus poderes.

Classificação:

4,0

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