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OS NOVOS VINGADORES # 54

1 dezembro 2008


Autores: Thor - J. Michael Straczynski (roteiro) e Oliver Coipel (desenhos);

Os Novos Vingadores - Brian M. Bendis (roteiro) e Leinil Yu (desenhos);

Capitão América - Ed Brubaker (roteiro), Steve Epting e Mike Perkins (arte);

Miss Marvel - Brian Reed (roteiro) e Aaron Lopresti (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Julho de 2008

Sinopse: Thor - Onde há Thor, precisa haver Asgard. Com essas palavras, no meio de um grande terreno, Thor recria a Cidade Dourada.

Os Novos Vingadores - No retorno do Japão, a desconfiança paira entre os Novos Vingadores. Qualquer um deles pode ser um skrull. Além disso, qual o próximo passo a tomar? O que fazer com o corpo de Elektra?

Capitão América - Pecado libertou Ossos Cruzados e Tony Stark quer saber como ela conseguiu essa proeza. Enquanto Sharon Carter, Falcão e Viúva Negra tentam descobrir o paradeiro de Bucky, ele vai atrás de Lukin sem saber que ele divide o corpo com o Caveira Vermelha.

Miss Marvel - Carol tem um assunto pendente com Júlia Carpenter e, antes de prosseguir suas missões na S.H.I.E.L.D. e nos Vingadores, ajudará Aracne a se reencontrar com a filha.

Positivo/Negativo: A revista começa tensa com o visual sombrio criado pela cores de Frank D'Armata em Capitão América. Agora, Brubaker precisa assumir logo uma posição quanto à revista. Ele está sem o personagem principal e dividiu demais o foco narrativo. Se a trama se prolongar por mais tempo, o leitor pode se cansar.

O que tem garantido a narrativa é o esquema de dividir a edição em microcapítulos, cada um evoluindo um dos plots que o autor está trabalhando. É um processo lento, mas bem organizado.

Em seguida, uma HQ com a marca de Bendis. A edição se passa praticamente toda dentro de um avião e os Os Novos Vingadores, totalmente tensos e paranóicos, ficam discutindo quem dentre eles pode ser skrull.

Para o leitor, todas as notícias sobre a Invasão Secreta que está por vir tem um lado muito negativo, mas há uma questão bacana, que não pode ser ignorada. O problema é que editores e roteiristas tendem a abusar de brechas como esta para resolver todo tipo de problema cronológico, transformando algum personagem em um skrull.

Contudo, como se vê nesta edição, uma invasão alienígena de uma raça transmorfa que pode enganar todo o Tentáculo e até o Wolverine, gera uma desconfiança absurda. Na verdade, nenhum herói poderá mais confiar em outro.

E, para combater essa ameaça, todos terão que se separar. Ou sempre correrão o risco de serem traídos. Assim, viverão na desconfiança. E esse caldeirão de emoções e superpoderes pode ser muito divertido nas mãos de autores como Bendis ou Brubaker, especialistas em suspense e intriga.

A primeira traição começa já nesta edição, com a Mulher-Aranha roubando o corpo da Elektra para levar para Tony Stark. Vale aguardar o que vem a seguir.

Miss Marvel tem uma aventura meio deslocada no tempo, mas que amarra uma ponta solta sobre a Aracne, que havia sido presa no título da heroína, mas aparecia atuando como membro da Tropa Ômega (publicada em Marvel Apresenta # 34).

O que aconteceu nesse meio tempo, a fuga dela, a recaptura, o reencontro com a filha e a proposta de ir para o Canadá, está nesta história. Nada de extraordinário.

A melhor história da revista é a última, Thor. Até vale a pena começar por ela!

A sorte de Straczynski em seu projeto foi contar com um artista como Oliver Coipel, que garantiu a beleza, a leveza e a sutileza de cada cena. Afinal, a trama não tem ação nenhuma. Thor recria Asgard, resolve alguns problemas burocráticos, como a "compra" da terra onde está a cidade dourada, e o resto é por conta do texto envolvente do autor e da grandeza da arte.

A revista é genial pela forma como narra o retorno do Thor nesse novo conceito que o roteirista tem desenvolvido. Além disso, Straczynski está trabalhando com um ritmo cinematográfico, tanto no corte das cenas quanto nos núcleos de personagens. Não seria nada espantoso se, nessa leva de filmes que a Marvel tem lançado, a editora levar justamente essa visão do personagem para o cinema.

Classificação:

4,0

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