OS NOVOS VINGADORES # 74
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Autores: Vitória (Thor # 600) - J. Michael Straczynski (roteiro), Oliver Coipel e Marko Djurdjevic (desenhos), Mark Morales e Marko Djurdjevic (arte-final) e Laura Martin, Paul Mounts e Christina Strain (cores);
A morte e a vida de Skurge, o Executor (Thor God-Size Special # 1) - Matt Fraction (roteiro), Miguélangelo Sepulveda (arte) e Frank D'Armata (cores).
Velhos amigos e inimigos (Captain America # 48) - Ed Brubaker (roteiro), Butch Guice, Luke Ross e Steve Epting (arte) e Frank D'Armata (cores);
A filha do tempo (Captain America # 49) - Ed Brubaker (roteiro), Luke Ross (desenhos), Rick Magyar (arte-final) e Frank D'Armata (cores).
Preço: R$ 7,95
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Março de 2010
Sinopse
Vitória - Loki consegue fazer com que Thor enfrente seu próprio avô. Mas há muito mais nesse plano do deus das mentiras do que aparenta.
A morte e a vida de Skurge, o Executor - É revelado por que ninguém consegue lembrar de Skurge.
Velhos amigos e inimigos - Desfecho da saga. Quais são os objetivos do Doutor Chin? E de Bucky Barnes? Qual será o fim do Tocha Humana original?
A filha do tempo - Sharon Carter precisa enfrentar suas escolhas e suas memórias.
Positivo/Negativo
Um dos melhores títulos Marvel do mês de março. Com uma fórmula
muito simples: coloque boas histórias em toda a revista.
E começa com seu ponto mais alto: a edição comemorativa de número 600 de Thor. A Marvel resolveu fazer uma conta maluca e somar todas as revistas regulares que o Deus do Trovão já teve e chegar a essa numeração expressiva. Os métodos são um tanto indignos de confiança, mas não cabe a esta resenha discuti-los.
A trama de J.M. Straczynski é genial e poucas vezes Loki foi retratado de forma tão maquiavélica e calculista. Os detalhes e as razões dessa afirmação fazem parte do prazer da leitura e não convém estragar surpresas.
Já Thor é mostrado como um ser de muito poder. Personagens como Patriota de Ferro são rapidamente descartados. Afinal, trata-se de um deus.
As artes de Oliver Coipel e Marko Djurdjevic são muito bonitas e têm o tom épico pedido pela grandiosa batalha que ocupa boa parte das páginas. Cada desenhista ficou responsável pela visão do combate de um dos lutadores, num artifício narrativo dos mais interessantes.
Esse longo arco da Nova Asgard de Straczynski é um dos melhores já vividos
pelo personagem, comparável à fase de Walter Simonson à frente do Deus do
Trovão.
A segunda aventura é o trecho final de uma edição especial de Thor que foi desmembrada pela Panini em três partes. A editora consegue, com isso, acabar com vários pontos interessantes de uma ótima trama criada por Matt Fraction.
Os diversos estilos de arte e de narradores para cada local visitado pelos personagens, uma das grandes sacadas do roteiro, foram totalmente destruídos por essa proposta editorial.
Assim, uma história muito bacana vira três pedaços desconexos publicados mês a mês. Vamos ver se a "revolução" na forma de editar revistas prometida pela Panini dará fim a esse tipo de coisa.
Nas duas últimas histórias da revista, Capitão América.
Na primeira, uma excelente trama de ação, com conclusão do arco Velhos amigos e inimigos, mais um teste para Bucky Barnes e seu escudo de Capitão América. Muitas perguntas são respondidas e a história se fecha sem ganchos aparentes.
A aventura seguinte é centrada em Sharon Carter e sua busca pela memória. Ed Brubaker cria uma narrativa simples, que mostra o cotidiano da moça e como ela se sente em relação ao que fez a Steve Rogers.
Desta vez, o encerramento é com um enorme gancho, não para a próxima edição, mas para a minissérie Captain America: Reborn, que se inicia depois das duas edições comemorativas do Sentinela da Liberdade.
A Panini anunciou, para alegria dos leitores, que a próxima edição é inteiramente dedicada ao Capitão América. Portanto, é possível que publique ambas as edições comemorativas.
É uma pena que Os Novos Vingadores não apresente edições tão boas regularmente.
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