OS NOVOS VINGADORES # 75
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Autores: Velhos tempos (Captain America # 50) - Ed Brubaker (roteiro), Luke Ross (desenhos), Luke Ross e Rick Magyar (arte-final) e Frank D'Armata (cores);
Sentinela da liberdade (Captain America # 50) - Marcos Martin (roteiro e arte) e Muntsa Vicente (assistente de coloração);
Passando a tocha (Captain America # 50) - Fred Hembeck (roteiro e arte) e Chris Giarusso (cores);
In memoriam (Captain America # 600) - Roger Stern (roteiro), Kalman Andrasofszky (arte) e Marte Garcia (cores);
Sangue vermelho, branco e azul ( Captain America # 601) - Ed Brubaker (roteiro), Gene Colan (arte) e Dean White (cores).
Preço: R$ 7,95
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Abril de 2010
Sinopse
Velhos tempos - É o aniversário de Bucky Barnes. Em várias épocas.
Sentinela da liberdade - Um resumo da história do Capitão América até a atualidade.
Passando a tocha - História cômica curta que faz referência a uma antiga aventura do Capitão América.
In memoriam - Bernie Rosenthal se lembra de como conheceu Steve Rogers e como descobriu sua identidade secreta.
Sangue vermelho, branco e azul - Bucky conta a Nick Fury uma assustadora história da Segunda Grande Guerra Mundial.
Positivo/Negativo
A Panini resolveu celebrar a edição comemorativa norte-americana de número 50 de Captain America deixando esta edição inteira pro Sentinela da Liberdade.
Quem comemora é o leitor, por ter uma edição de tão alto nível. A festa continua no fim da revista, quando se descobre que, por conta da sua "revolução editorial", a Panini não vai mais publicar a péssima Miss Marvel. Viva!
E esta edição permite entender quão bom é o trabalho do roteirista Ed Brubaker. Ele é responsável pela genial narrativa que costura quatro aniversários distintos de Bucky Barnes, revelando muito sobre o caráter do personagem, fortalecendo-o no passado e estruturando suas dúvidas sobre usar o escudo do Capitão América.
A arte do brasileiro Luke Ross vai bem e garante um bom andamento ao enredo. O senão fica para o tratamento de cores de Frank D'Armata, que optou por usar alguns desfocados em excesso, deixando algumas páginas feias.
A aventura seguinte tem uma bonita arte a serviço de uma recapitulação típica de edições especiais. Em seguida, uma história cômica aproveitando um gancho criado em 1963. Embora sejam bem feitas e interessantes, não chegam aos pés de Velhos tempos.
As três primeiras HQs fazem parte da edição # 50 de Captain America. A quarta narrativa integra a seguinte, a também comemorativa revista número 600.
O leitor pode se perguntar onde foram parar as 550 edições entre uma e outra. É mais uma das contas safadas de Joe Quesada, editor-chefe da Marvel, que soma todas as edições de qualquer volume da revista mensal, edições especiais e minisséries para chegar a uma numeração expressiva.
Essa narrativa foi escrita por Roger Stern é a mais fraca da revista. O objetivo dela é ressaltar as tintas patrióticas de Steve Rogers, que, sem dúvida, fazem parte do personagem. Entretanto, Brubaker consegue ressaltar aspectos mais universais - e também mais interessantes - do personagem.
A última HQ é guiada novamente pelo roteiro Brubaker, com arte do veterano Gene Colan. E os dois apresentam um belíssimo conto de terror no território alemão, durante a Segunda Grande Guerra Mundial.
Brubaker mostra sua habilidade em gêneros diferentes de histórias, mas o destaque é a excelente diagramação e decupagem apresentada por Colan. Invenções formais que servem - e muito bem - à narrativa, dando a ela dinamismo, velocidade e suspense.
A bela capa é de Alex Ross, referente à edição norte-americana número 600. Enfim, uma revista imperdível para quem quer começar a acompanhar essa fase de Bucky Barnes como Capitão América.
Classificação: