OS NOVOS VINGADORES # 76
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Autores: Momentos de definição - J. Michael Straczynski (roteiro), Marko Djurdjevic (desenhos), Paul Mounts (arte-final) e Danni Miki (cores) - Publicado originalmente em Thor # 601.
Um ano depois - Ed Brubaker (roteiro), Butch Guice, Howard Chaykin, Rafael Albuquerque, David Aja e Mitch Breitweiser (arte) e Edgar Delgado, Frank D'Armata, Matt Hollingsworth e Mitch Breitweiser (cores)- Publicado originalmente em Captain America # 600.
Novos Vingadores - Brian Michael Bendis (roteiro), Chris Bachalo e Bily Tan (desenhos), Matt Banning e Tim Townsend (arte-final) e Antonio Fabela e Justin Sponsor (cores). Publicado originalmente em New Avengers # 51.
Preço: R$ 6,50
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Maio de 2010
Sinopse
Momentos de definição - Thor foi expulso de Asgard e Balder negocia a mudança de seu reino para outra parte do mundo.
Um ano depois - Um evento em memória de um ano da morte do Capitão América é celebrado.
Novos Vingadores - Doutor Estranho está à procura do próximo mago supremo.
Positivo/Negativo
Esta é a primeira edição de Os novos vingadores após a revolução editorial da Panini. As diferenças são: menos páginas, preço mais baixo e nada de Miss Marvel. Ou seja, melhorou.
A primeira história é do Thor. A boa fase escrita por J. Michael Straczynski está próxima do fim, restando somente outras duas histórias a publicar.
É possível, quase obrigatório, na verdade, tachar os roteiros de Straczynski de melodramáticos. Por exemplo, é dele o roteiro do filme A troca, dirigido por Clint Eastwood, que narra a história de uma mãe que teve, aparentemente, seu filho trocado. Não é diferente em Thor.
Há muito drama e sofrimento dos personagens. Em alguns momentos, a coisa descamba pro novelão mesmo. Mas é inegável a habilidade do autor nos diálogos. O seu (sua?) Loki age como um verdadeiro deus da trapaça: manipulador, astuto, inteligente, perverso e calculista. Tudo isso apresentado nas falas da personagem.
Há bons dilemas e paradoxos criados no enredo, e a força motriz disso tudo é realmente Loki, a ponto de, às vezes, parecer que Thor é um coadjuvante. Poucas vezes o vilão foi tão bem usado.
Capitão América tem uma edição comemorativa digna de festejar. O roteiro de Ed Brubaker é uma beleza, e a variedade de artistas nos desenhos (como é comum em especiais) funciona. É, sem dúvida, a melhor da revista.
A história toda é muito boa, mas o gancho do final e as ações misteriosas de Sharon Carter são de manter o leitor ansioso pelo mês seguinte.
Já em Os Novos Vingadores continua o clima de ilegalidade. Antes por conta da Guerra Civil, agora por causa de O reinado sombrio. Parece que Brian Michael Bendis sempre dá um jeito de manter os heróis como fugitivos.
Do ponto de vista do roteiro, Bendis utiliza sua clássica estrutura de diálogos espertinhos e relações com o passado dos personagens. Diga-se, porém: é uma fórmula que o autor sabe usar com mestria.
Além da tensão por querer saber quem é o novo mago supremo do universo Marvel, o que torna essa narrativa interessante são os tais diálogos. Conduzidos com grande competência.
Bily Tan, apesar de seu traço pouco anatômico, cria boas grades de página, possibilitando dinamismo pro grande bate-papo que é a história.
Este mix passa a ser um dos melhores da Panini nas bancas. A saída de Miss Marvel só faz com que o leitor economize dinheiro e tempo. Bola dentro da editora.
Classificação: