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OS NOVOS VINGADORES # 80

1 dezembro 2010

OS NOVOS VINGADORES # 80

Editora: Panini Comics - Revista mensal

Capitão América - Renascimento (Captain America: Reborn # 2) - Ed Brubaker (roteiro), Bryan Hitch (desenhos), Butch Guice (arte-final) e Paul Mounts (cores);

Destinos incertos (Thor # 603) - J. Michael Straczynski (roteiro), Marko Djurdjevic (desenhos), Danni Miki (arte-final) e Laura Martin e Elena Kevic- Djurdjevic (cores);

Novos Vingadores (New Avengers # 55) - Brian Michael Bendis (roteiro), Stuart Immonen (desenhos), Wade Von Grawbadger (arte-final) e Dave McCaig (cores).

Preço: R$ 6,50

Número de páginas: 72

Data de lançamento: Setembro de 2010

 

Sinopse

Capitão América - Renascimento - Steve Rogers viaja pelo seu passado. Bucky e a Viúva Negra enfrentam o Martelo. Hank Pym e Reed Richards estudam amostras do sangue do Capitão América.

Thor - William descobre os planos de Loki e Dr. Destino. Thor esconde Lady Sif. E os três guerreiros procuram onde morar.

Novos Vingadores - Alguns vilões questionam a autoridade de Capuz. E os Vingadores estão em uma reunião. História ligada à saga Reinado sombrio.

Positivo/Negativo

É engraçado o movimento do mix de Os Novos Vingadores. Enquanto uma trama engrena, as outras degringolam.

Engrena Capitão América - Renascimento, que era, na verdade, a história que tinha tudo pra dar errado. Viagem no tempo pra ressuscitar um personagem ícone da editora morto há meses?

Mas a inteligência de um Ed Brubaker, que sabe articular vários fios ao longo de muitas edições, redundam em uma narrativa firme, que é desfiada ao leitor pelo competente traço de Bryan Hitch, com arte-finalização de Butch Guice.

A manipulação de recursos narrativos bastante simples é feita com tanta eficiência por Brubaker, que o que devia ser corriqueiro sobe acima da média.

Um exemplo disso é o modo usado para recapitular ao leitor. No laboratório, Reed Richards pede a Hank Pym que o relembre de determinado fato. Pym reclama, mas faz. Reed se distrai e dá sua atenção a outro acontecimento e, ao final da passagem, pede que o colega repita a história de novo.

Em vez de uma recapitulação tosca com diálogos - ação digna de novela -, Brubaker informa o leitor por meio de uma piadinha que confirma a personalidade dos personagens.

Falando em novela, ou mais precisamente melodrama de orientação latina, J. Michael Straczynski pesa a mão em discursos açucarados e enjoativos sobre amor na história do Thor. Em uma passagem, a deusa apaixonada Kelda olha para o céu e, suspirante, faz juras ao dono do seu coração, que não está ali em corpo, apenas em amor.

Haja paciência. Os diálogos que marcam os dois vilões também são extremamente marcados. Straczynski pode fazer muito melhor do que isso. Nem a competente arte de Marko Djurdjevic salva. E, no mês que vem, termina o ciclo do escritor com o deus nórdico.

Encerra a edição uma história dos Vingadores com um pouco mais de enrolação de Brian Michael Bendis. São duas tramas principais: uma reunião de vilões e outra de heróis.

Pese-se que "reunião" não seja exatamente um dos temas mais interessantes para uma história de super-heróis. Claro, houve a Liga da Justiça de Keith Giffen e J.M. DeMatteis, mas essas aventuras pretendiam ser engraçadas e não demasiadamente humanas, como as de Bendis.

A boa notícia é o traço de Stuart Immonen, anos-luz à frente de Bily Tan, o desenhista regular da série, em termos qualidade. Mas há pouca ação para o leitor curtir suas cenas de mais movimento.

A derrapada da Panini é não ter creditado os autores de Thor e nem apresentar as capas originais no miolo.

A expectativa é que Thor melhore com a saída de Straczynski e que Immonen continue nos Vingadores, porque o Capitão América de Brubaker sempre se garante.

Classificação:

4,0

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