Steve Rogers voltou. O que não era novidade pra nenhum leitor, desde o momento da morte do personagem, mereceu toda a pompa de uma minissérie e a paralisação do título mensal, para enfatizar o óbvio: o retorno do Capitão América original.

Apesar da desgastada fórmula de ressurreições, o roteirista Ed Brubaker teve uma boa sacada para a volta do "bandeiroso". O problema foi a execução. A minissérie em seis partes se alongou demais, enfraquecendo a trama e prejudicando a arte de Bryan Hitch, que apresenta uma nítida queda de qualidade com o passar das edições.

Ao final da aventura, Rogers voltou, mas a definição de quem portará o escudo ficou para o próximo mês. Ou seja, depois de seis edições, se faz necessária mais um especial pra resolver a trama. A Marvel poderia ressuscitar, junto com o Capitão América, o seu bom planejamento e a sua preocupação com a qualidade das tramas...

Na segunda HQ, Brian Michael Bendis cria mais um capítulo da sua saga dos Vingadores fora-da-lei. E as coisas andam no ritmo de sempre. O chato fica para o clichê do final.

A arte de Stuart Immonen é a mais competente de toda a publicação. No mês que vem, mais um pouco das rusgas entre Vingadores e Norman Osborn.

Fecha a edição a fraquíssima história especial do Comic book Day norte-americano - data em que as editoras distribuem revistas gratuitas para os leitores.

Em uma história do tipo "mesmo nos odiando, vamos nos unir", Bendis entrega um dos seus trabalhos mais preguiçosos. É um amontoado de clichês e lugares-comuns. O leitor passa por uma verdadeira odisseia para chegar à página final.

A Panini precisa recompor este mix, que já foi um dos melhores da Marvel em bancas, com alguma série fixa e parar de tapar buracos com histórias dispensáveis.