Este é o último número deste título nos moldes que os leitores conhecem.

A revista já mudou de nome, de quantidade de páginas e de mix, mas sempre teve algo em comum: a presença das histórias do Capitão América.

A partir do próximo mês, o "bandeiroso" dará baixa desta revista e comandará a sua própria. Com a volta de Steve Rogers à vida, a Marvel trouxe junto alguns novos títulos, que a Panini, acertadamente, optou por manter sob as mesmas capas aqui no Brasil.

Não se sabe ainda se esta revista mudará de título, mas é fato que será totalmente focada nos Vingadores. Nem se isso implica no fim de Avante, Vingadores, outra mensal dedicada às equipes.

Nesta edição, Brian Michael Bendis entrega uma boa história de seus Novos Vingadores, ligada à saga O cerco. O roteirista optou por mostrar o que aconteceu com o vilão Capuz, gerando uma trama interessante.

Destaque para as páginas duplas com ações simultâneas e similares dos casais Ronin e Harpia e Capuz e Madame Máscara.

Apesar da edição anterior prometer a conclusão da saga sobre a queda do Martelo em A Iniciativa, o leitor ainda é obrigado a suportar a terrível Poderosos Vingadores.

O roteiro de Dan Slott é entupido de clichês, em situações, texto ou caracterização dos personagens. A arte de Khoi Pham faz o leitor viajar no tempo e relembrar os tenebrosos anos Image.

Encerra a edição a conclusão de Duas Américas. A história tem muita ação e termina mostrando a diferença entre as atitudes de Bucky Barnes e Steve Rogers.

A diagramação das páginas de Luke Ross traz quadros mais espalhados nas cenas de ação e comportados nos diálogos. Essa técnica funciona bem e adiciona um ritmo interessante à narrativa.

Há meses o Capitão América escrito por Ed Brubaker é o melhor da revista. Portanto, é de se pensar qual o destino da publicação quase centenária ao se retirar este título do mix e incluir Poderosos Vingadores.