PANDEMIA # 2
Editora: Pandemia Studio - Edição bimestral
Autores: El Satiro - Diego Rondon e César A. Carpio (roteiro e desenhos);
Demonio Guardian - Diego Rondon e César A. Carpio (roteiro e desenhos);
Ultima Orden - Pol Rivas (roteiro e desenhos);
Imprevision - José Luis Alvarez (roteiro e desenhos);
No Se - Sheylla Zapana (roteiro e desenhos);
Klaus the Klown - Manuel Gómez Burns (roteiro e desenhos).
Preço: $ 1,50
Número de páginas: 28
Data de lançamento: Agosto de 2010
Sinopse
Pandemia é uma revista independente bimestral, que traz um mix de várias histórias de autores peruanos.
Positivo/Negativo
É muito interessante quando se tem a oportunidade de ler uma HQ produzida em outro país. Além de ver materiais feitos em outras escolas, vale pelo exercício de compará-las com o que é feito no Brasil.
Assim, é inevitável fazer um paralelo de Pandemia com as revistas em quadrinhos independentes produzidas por aqui.
Como aqui, o mix parece uma boa opção para viabilizar a publicação. Logo na capa estão creditados seis autores. E, em parcerias ou trabalhos solo, eles assinam as seis histórias da revista.
É muita gente para pouco espaço. Por isso, os autores têm páginas de menos para mostrar serviço demais. E esse é um dos principais problemas do gibi: quando as HQs começam a engrenar, terminam, deixando o leitor insatisfeito.
O mix é bastante inconstante. Há histórias em estilo mangá, outras com influências dos comics, híbridos dos dois estilos, traços mais humorísticos, autorais e até uma fotonovela decalcada. A revista quer cobrir tudo e acaba não cobrindo nada.
Mesmo assim, alguns autores demonstram potencial. Diego Rondon e César A. Carpio assinam as duas primeiras histórias, com estilos bem diferentes. É deles o melhor trabalho da edição: Demonio Guardian, uma HQ de terror erótica bem acabada.
Pol Rivas preferiu uma narrativa de ação e ficção científica em seu Ultima Orden, com um traço mais quadrado e uma trama com muitos dentes rangendo.
Já José Luis Alvarez preferiu beber na fonte dos mangás em Imprevision. O trabalho ainda é amador, tem problemas perspectivas, mas apresenta certa sofisticação nas expressões. Tem bastante a evoluir, mas mostra que pode fazê-lo.
As duas últimas HQs são No Se, de Sheylla Zapana, e Klaus the Klown, de Manuel Gómez Burns. A primeira é apenas uma página dupla, sem uma narrativa efetivamente. Mas o traço é, disparado, o melhor de todo o gibi: mais autoral e com um estilo próprio. Já o do segundo autor é mais puxado para o humor negro.
No geral, Pandemia tem uma boa intenção, mas ainda precisa melhorar muito. Quem se interessar em lê-la, basta fazer o download gratuito no site do grupo.
Classificação: