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PASSAGEIROS DO VENTO #1 A #5

1 dezembro 2004


Título: PASSAGEIROS DO VENTO (Meribérica/Liber) - Série em cinco álbuns de luxo

Autores: François Bourgeon (texto e arte)

Preço: Variável, por tratarem-se de edições antigas

Número de páginas: 48 cada álbum

Data de lançamento: De 1980 a 1984

Passageiros do Vento #2Sinopse: A trama se passa por volta de 1780, quase sempre a bordo de navios. E é dentro dessas embarcações que é narrada a história da vida da jovem Isabeau, uma linda e insinuante morena que, apesar da pouca idade, já é bastante calejada pelas pancadas que tomou da vida.

Batalhas marinhas entre franceses e ingleses, expedições à África em busca
de escravos, tempestades e motins ajudam a contar a saga, que é narrada
em cinco tomos: A rapariga do tombadilho, O pontão, A
feitoria de Judá
, A hora da serpente e Ébano.

Passageiros do Vento #3Positivo/Negativo: Passageiros do Vento é uma daquelas histórias que o leitor, ao chegar à última página, diz: "Esta é inesquecível!". E não é pra menos. O trabalho do belga François Bourgeon é tão singular que, mesmo quem não está acostumado ao ritmo mais cadenciado das HQs européias, apaixona-se pela obra.

Sem dúvida, o melhor da obra são os desenhos precisos de Bourgeon, que pesquisou detalhes minuciosos da época (como a constituição dos barcos, as roupas de homens e mulheres e os costumes de cada nação visitada). Um show de informação visual.

Passageiros do Vento #4Outro detalhe interessante é que o ritmo de Passageiros do Vento é lento, com balões de texto grandes, que requerem atenção especial do leitor, mas, mesmo assim, a trama é absolutamente cativante, daquelas que fazem-no "querer mais" ao fim de cada capítulo.

Passageiros do Vento #5A história tem de tudo: romance, sexo, aventura, drama, racismo, injustiça, fugas, violência etc. Sem dúvida, um dos melhores quadrinhos do Velho Continente que já aportaram em nossas terras. Um clássico!

Como não há nada de ruim na saga, o pior fica por conta da dificuldade de encontrar as edições (especialmente Ébano,o último tomo) e o "português de Portugal". Não que isso seja um grande impeditivo, mas como Bourgeon construiu o texto sendo fiel à linguagem dos marinheiros, que é muito própria, muitas vezes, isso dificulta o entendimento para o leitor brasileiro menos informado.

Se um dia der a sorte de encontrar essas preciosidades num sebo, não pense duas vezes: compre.

Classificação:

4,0

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