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PEACH GIRL # 12

21 maio 2004


Autores: Miwa Ueda (roteiro e desenhos).

Preço: R$ 5,50

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Setembro de 2004

Sinopse: Após uma noite terrível, Momo e Toji voltam para o apartamento
da enfermeira Misato para conversar e acabam, junto com Kairi, o rival
e amigo, descobrindo que todo o incidente envolvendo o casal fora uma
armadilha de Sae.

Os três decidem se vingar e elaboram um plano que fará a malvada Sae não
apenas ser castigada, mas também entender o sofrimento pelo qual Momo
passou.

Positivo/Negativo: Peach Girl não é o primeiro quadrinho
feminino, ou shojo mangá, a vir para o Brasil, mas é inovador em
sua "categoria". Isso porque não existe um mundo fantástico a explorar,
cartas mágicas para recolher ou um vilão querendo destruir a vida na Terra,
apenas pessoas e seus problemas. E isso não é pouco.

De um modo geral os leitores podem estranhar a narrativa e quadrinização,
pois a história não valoriza a ação, e sim os personagens. Uma dica é
lembrar que as HQs femininas, quando bem feitos, possuem uma série de
pequenos detalhes que indicam o quadro seguinte, tais como os balões e
o próprio desenho que "aponta" para próxima cena por meio do posicionamento
do corpo, de um olhar etc.

Peach Girl foi vertido para o sentido ocidental de leitura, mas
isso não prejudica a compreensão da história, além de tornar o produto
mais acessível para um público diferente do fã de mangá. Mas para o leitor
atento aos detalhes acima citados, pode restar algum desconforto.

Em termos gráficos, nesta edição aconteceu um descuido nas onomatopéias,
que já eram estranhas por terem sido desenvolvidas (retocadas) em cima
das originais. Desta vez, faltam até pedaços da arte.

Os textos tendem para o coloquial mas, às vezes, acontecem alguns acidentes
que poderiam ser evitados, como o uso excessivo de pronomes e a mistura
entre as pessoas, como um "você" seguido de um "te".

Além desses detalhes, o título vem com um resumo rápido das principais
cenas da edição anterior, uma seção de cartas que, além da opinião e da
arte dos leitores, também abre espaço para falar sobre aspectos culturais
do Japão e sobre algum assunto relevante apresentado na trama, como aconteceu
no número 11, cujo tema era estupro.

Quadrinhos femininos como Peach Girl tem um propósito claro: emocionar.
Se o leitor fica indiferente, então o título falhou, não importa quão
grande aventura esteja acontecendo. É um tipo diferente de história, um
desafio para os leitores. E para os autores.

Classificação:

4,0

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