PEANUTS COMPLETO - 1953 A 1954
Editora: L± - Edição especial
Autor: Charles M. Schulz (roteiro e arte).
Preço: R$ 68,00
Número de páginas: 360
Data de lançamento: Março de 2010
Sinopse
Segundo volume da coleção que compila, em ordem cronológica, todas as tiras diárias e dominicais de Peanuts, de Charles M. Schulz.
Positivo/Negativo
A coleção Peanuts Completo é um dos maiores acertos editoriais da L± nos últimos anos. Prova disso é o sucesso de público e crítica do primeiro álbum.
O belo acabamento gráfico da edição (que tem prefácio do jornalista norte-americano Walter Cronkite e uma biografia de Charles M. Schulz nas páginas finais) faz jus à qualidade da obra. É uma delícia ver as tiras que imortalizaram Charles Schulz desde os seus primeiros anos. Neste segundo álbum, já se nota o surgimento de algumas características que perdurariam para sempre, como o jeito irritante de Lucy.
Aliás, a garotinha e Schroeder, que no primeiro volume são bem menores que os demais personagens, aqui estão mais crescidos e passam a ser praticamente do mesmo tamanho (e talvez idade) de Charlie Brown, Violet, Betty e Shermy.
Ao mesmo tempo, nessa fase de desenvolvimento dos personagens (há a estreia de Chiqueirinho, Linus fica em pé pela primeira vez, Snoopy começava a ter balões de pensamento etc.) ainda havia espaço para incertezas. Charlie Brown, por exemplo, começava a mostrar sua personalidade derrotista, mas tinha lá seus momentos de glória, dando o troco nas garotas.
Vale notar que alguns temas (como Charlie Brown não ser convidado para festas, o dia dos namorados e os jogos de damas dele com Lucy) começavam a se repetir com mais frequência, mas o autor sempre buscava desfechos diferentes.
Mas o que impressiona é que mais de 80% das tiras do livro ainda são atualíssimas. A maioria das piadas de Schulz cabe perfeitamente à infância de hoje - mesmo sem citar nada de tecnologia. E o melhor: é possível dar boas risadas com várias situações.
As tiras que destoam têm um caráter mais clássico, mostrando, por exemplo, brinquedos da época, como piões musicais e Joões-bobos. E vale a pena o leitor tentar se imaginar encarando essas coisas como novidades.
Neste volume, as tiras de Schulz não fazem tantas menções a fatos da época, mas há uma específica, na página 122, que mereceria uma nota editorial por parte da L± - o que não ocorre. Quando Charlie Brown diz ser o "Ben Hogan do croquet", possivelmente, 99% dos leitores não vão entender a referência que o autor fez a um dos maiores jogadores de golfe dos Estados Unidos em todos os tempos.
Fica a dica para os próximos volumes. Afinal, a L± já anunciou o lançamento do terceiro livro da série para este ano.
Classificação: