PEQUENOS MILAGRES
Título: PEQUENOS MILAGRES (Devir
Livraria) - Edição especial
Autor: Will Eisner (texto e arte).
Preço: R$ 27,00
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Fevereiro de 2006
Sinopse: O álbum reúne quatro histórias de pequenos milagres vividos pelo povo da Avenida Dropsie.
Em O Milagre da Dignidade, Tio Amos, um vagabundo espertalhão, explora Irving até levá-lo à falência.
Mágica de Rua mostra como Mersch, um rapaz esperto, usa a inteligência para escapar de uma surra.
Um Novo Garoto no Quarteirão traz um jovem abandonado que sequer fala inglês realizando grandes feitos na pequena vizinhança.
O Anel de Casamento apresenta a união de um jovem e improvável casal - um deficiente físico e uma surda-muda.
Positivo/Negativo: Pequenos Milagres (Minor Miracles) é uma publicação tardia de um álbum de Will Eisner que saiu originalmente em 2000. Também era um dos poucos títulos inéditos do mestre - que tem praticamente toda a sua obra lançada no Brasil, ainda que de forma esparsa, espalhada por casas editoriais como Companhia das Letras, Abril, Devir, Acme e L±.
O álbum repete o cenário de Avenida Dropsie - A Vizinhança, mas com uma ambição menor que a de mostrar a evolução de uma região de Nova York ao longo de décadas. Pequenos Milagres foca em contos singelos que Eisner teria ouvido de sua família. São meinsas (lembranças) escritas e desenhadas muitos anos depois da primeira vez que ouviu falar delas.
As quatro crônicas têm como premissa pequenos acontecimentos que, coincidência ou não, parecem mágicos. Ou milagrosos. E evidenciam que Eisner homenageou um dos maiores cronistas dos Estados Unidos: O. Henry, de quem de fato foi leitor e por quem é influenciado desde o Spirit, nos anos 40.
Pouco conhecido no Brasil, O. Henry é um escritor que, ao fazer do cotidiano sua matéria-prima, provou que a simplicidade pode ser absolutamente encantadora. E, em Pequenos Milagres, Eisner se mostrou um seguidor nato do mestre.
Com uma força narrativa ímpar, o texto de Eisner pega o leitor pela mão na primeira página e o conduz quadrinho a quadrinho, balão a balão.
Nem parece que se está lendo: o autor é um dos raros quadrinhistas que faz com que o leitor realmente mergulhe na história. Seus personagens têm voz, seus cenários têm cheiro e suas histórias têm alma.
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