PIXEL MAGAZINE # 1
Título: PIXEL MAGAZINE # 1 (Pixel
Media) - Revista mensal
Autores: Hellblazer (Hellblazer # 141) - Warren Ellis (roteiro) e Tim Bradstreet (desenhos);
Freqüência Global (Global Frequency # 9) - Warren Ellis (roteiro) e Lee Bermejo (desenhos);
Authority (Wildstorm Summer Special 2001) - Warren Ellis (roteiro) e Cully Hamner (desenhos);
Planetary (Planetary # 13) - Warren Ellis (roteiro) e John Cassaday (desenhos);
Cobweb - Alan Moore (roteiro) e Melinda Gebbie (desenhos).
Preço: R$ 9,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Abril de 2007
Sinopse: Em Nova York, um jornalista se vê às voltas com o Anticristo. Nada atípico para John Constantine.
A Freqüência Global precisa de Takashi Sato, mas ele não está nada entusiasmado com a idéia.
Quando não está liderando a Authority, Jack Hawksmoor gosta de correr.
Elijah Snow sempre adorou segredos, e encontrar o maior detetive do mundo será apenas mais um deles.
Cobweb e Clarice Cósmica procuram um lugar para as mulheres dos quadrinhos nos dias de hoje.
Positivo/Negativo: De cara já se percebe que a Pixel Magazine não pretende ser mais uma revista como as outras que enchem as prateleiras de quadrinhos nas bancas de jornal.
A capa tem cores contrastantes, fontes grandes para nomes relativamente desconhecidos, e um slogan na parte superior que não esconde a ambição da editora.
Diferentemente do que vinha sendo feito com as linhas Vertigo, Wildstorm e
America's Best Comics por aqui, que eram publicadas em encadernados e vendidas quase exclusivamente em livrarias, a Pixel lança um título mix mensal que visa popularizar e atrair novos leitores para os chamados "quadrinhos adultos".
Warren Ellis é quem dá as cartas nessa estréia, assinando o roteiro de quatro histórias, e deixando apenas poucas páginas ao final para Alan Moore.
Hellblazer mostra um jornalista que acredita estar na trilha de um berço no qual se encontra o feto imortal do Anticristo. Ellis pega o misticismo tão presente nos contos de John Constantine, e o confronta com a imoralidade do ser humano. Tenta demonstrar com isso que, às vezes, a perversão é a verdadeira origem da "magia".
Uma boa trama que conta com o belíssimo traço de Tim Bradstreet, que também assina a capa.
A seguir vem a melhor HQ da edição: Freqüência Global. Takashi Sato é um dos 1001 agentes da organização, e está com sua sanidade mental por um fio.
O texto é inteligente e instigante, enquanto a arte de Lee Bermejo não deixa por menos, com imagens aterradoras e um clima de insanidade quase palpável.
Como a criação de Warren Ellis não é fixa no mix, fica aqui o toque para quem curtiu mandar e-mails para os editores pedindo mais episódios quase televisivos de Freqüência Global.
Em Authority, uma trama curta estrelada por Jack Hawksmoor dá uma boa idéia do que aconteceu anteriormente com a equipe mais barra-pesada dos quadrinhos.
Planetary traz uma aventura em que Elijah Snow visita o laboratório do Dr. Frankenstein, luta contra Drácula e tem um curso intensivo de detetive com Sherlock Holmes.
Apesar do todo ser ótimo, o grande destaque são os belos e detalhados desenhos de John Cassaday. Ainda que cercado por artistas formidáveis, ele consegue se destacar.
Escrita por Alan Moore, o que dá o tom em Cobweb é o nonsense e a auto-ironia. A participação de vários ícones das HQs e as variadas referências à cultura popular - assim como a arte estilizada de Melinda Gebbie - não chegam a cansar, mas tampouco acrescentam algo de tão relevante.
Quanto à parte editorial, a Pixel realizou um trabalho de primeira, tanto pelo papel utilizado quanto pelo apuro gráfico geral.
A apresentação de André Forastieri, a matéria sobre o selo Vertigo assinada por Odair Braz Junior, e os eficientes resumos sobre cada título apresentado também merecem registro, bem como as indicações de que os álbuns dos personagens por outras editoras continuam à venda.
Um excelente número de estréia que vale - e muito - a pena ser conferido.
Classificação: