Autores: Y - O Último Homem (Y - The Last Man # 1) -
Brian K. Vaughan (roteiro), Pia Guerra (desenhos) e Jose Marzan (arte-final);

DMZ (DMZ # 8) - Brian Wood (roteiro) e Riccardo Burchielli (arte);

Hellblazer (Hellblazer # 155) - Brian Azzarello (roteiro) e Marcelo Frusin (arte);

Greyshirt (Tomorrow Stories # 1) - Alan Moore (roteiro) e Rick Veitch (arte).

Preço: R$ 10,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Julho de 2008

Sinopse: Conheça Yorick, o último homem da Terra.

Mattew Roth em meio a um conflito em que o pior é não saber o que significa pertencer a um dos lados.

Uma caçada noturna com John Constantine não pode acabar bem.

O perigo que pode se tornar um homem que não sabe quem é.

Positivo/Negativo: Muitos entusiastas de encadernados podem chiar, mas colocar
Y - O Último Homem na Pixel Magazine é um grande reconhecimento para quem compra a revista mensalmente e ótimo para a grande maioria dos leitores que não desembolsaram pequenas fortunas para comprar os álbuns de qualidade duvidosa da Opera Graphica.

E é um prazer poder ler a epopéia de Yorick e Ampersand desde o início. Os diálogos de Vaughan são ótimos, ainda que muitas das referências à cultura pop soem um tanto exageradas.

Os cortes que mudam o foco dos Estados Unidos para a Austrália e vice-versa, e terminam em Israel, são precisos. Nenhum deles é ao acaso e todos servem para aumentar progressivamente a tensão da trama, pois o leitor sabe, de um jeito ou de outro, o que vai ocorrer, já que é a premissa da série. Só desconhece como isso ocorre.

Para arredondar ainda mais a coisa, as ilustrações de Pia Guerra são um arraso. Ela tem um traço limpo, mas ao mesmo tempo moderno e competente.

Uma senhora estréia que explica um pouco o porquê de Y - O Último Homem recentemente ter ganhado o Eisner Award como melhor série contínua e Guerra e Marzan terem levado como melhor equipe de desenhista/arte-finalista.

Na seqüência, DMZ e mais uma parte de Corpo de Jornalista, em que finalmente pode-se afirmar com todas as letras que a história de Matthew Roth deslanchou.

Um trecho que comprova isto são as duas páginas em que Roth fuça jornais do início da guerra. Ao identificar o protagonista com o conflito e saber de que modo ele via as coisas antes de chegar a Manhattan, o leitor compreende um pouco melhor a confusão que aquilo tudo deve ter feito em sua cabeça.

O que acontece antes e depois disso dentro do próprio arco soa mais tangível, mais próximo das pessoas comuns e, por conseqüência, o interesse pelo que virá a seguir aumenta muito.

Já Hellblazer continua quase do mesmo jeito. O diferencial é que o argumento está um pouco melhor do que anteriormente. O estalar de dedos de Constantine ao final é hilariante.

Como a minissérie termina no próximo mês, espera-se que a sua conclusão seja ao menos um pouquinho superior à sua média geral.

Fechando a edição, uma boa trama de Greyshirt tirada diretamente de Histórias do Amanhã.

Vale registro a boa iniciativa da Pixel em chamar jornalistas convidados para comentar as histórias apresentadas. Y - O Último Homem tem texto assinado por Télio Navega, do blog Gibizada, DMZ traz Rodrigo Salem, editor da revista Set e Hellblazer conta com Eduardo Nasi, colaborador do UHQ.

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