PIXEL MAGAZINE # 4
Título: PIXEL MAGAZINE # 4 (Pixel
Media) - Revista mensal
Autores: Promethea (Promethea # 1) - Alan Moore (roteiro) e J. H. Williams III (desenhos);
Hellblazer (Hellblazer # 97) - Paul Jenkis (roteiro) e Sean Phillips (arte);
Planetary (Planetary # 16) - Warren Ellis (roteiro) e John Cassaday (desenhos);
Jack B. Quick (Tomorrow Stories # 12) - Alan Moore (roteiro) e Kevin Nowlan (arte);
Greyshirt (Tomorrow Stories # 8) - Alan Moore (roteiro) e Rick Veitch (arte).
Preço: R$ 9,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Julho de 2007
Sinopse: Às vezes, um simples trabalho de faculdade pode mudar a vida de uma pessoa. Isto é o que Sophie Bangs irá descobrir.
John Constantine resolve encarar seus medos mais profundos.
O encontro entre Elijah Snow e Ana Hark.
O jovem Quick descobre antes do que devia o que é a puberdade.
Pensar demais pode não ser tão bom quanto parece.
Positivo/Negativo: A estréia de Promethea, e a sua inclusão no mix, aumenta e muito a qualidade geral da Pixel Magazine.
De cara, tem-se a oportunidade de conferir um trabalho de faculdade de Sophie Bangs. Nele, o leitor toma conhecimento da figura folclórica norte-americana chamada de Promethea, e das pessoas que no decorrer dos últimos séculos tiveram algo a ver com a manutenção de sua lenda.
A seguir, Moore mostra a vida cotidiana de Sophie e o que a sua pesquisa irá revelar de um modo um bocado inesperado.
Entrecortado por uma subtrama passada mais ou menos 16 séculos antes, este primeiro número da série (que teve 32 no total e foi concluída em 2005) revela de maneira inequívoca o potencial que a HQ poderá - e irá - alcançar.
Como a maioria dos trabalhos de Alan Moore, este é mais um que a cada releitura adquire novos tons e nuances, revelando pequenos segredos e entregando outro bom tanto de preciosidades.
O mesmo vale para os desenhos de J. H. Williams III. Uma dica é observar mais atentamente sua diagramação durante o decorrer da trama. Outra é apreciar a bela narrativa das páginas 12 e 13.
Em Hellblazer, Constantine encontra-se num tipo de encruzilhada. Nos dias atuais, seus medos e anseios seriam mais facilmente resolvidos em algumas sessões de terapia. Mas para não fugir às suas raízes, ele prefere se embrenhar à noite num bosque. Claro que faz isto depois da tradicional bebedeira.
É um conto que é mais um acerto de contas de John com si próprio. Principalmente com o que fez em seu passado recente. Claro que isso já foi visto outras vezes com o personagem, mas o enfoque de Jenkins é hábil ao misturar um clima de horror a um sentimento de compaixão.
Só para deixar isto ainda mais nítido, nada melhor do que contar com o característico e sombrio traço de Sean Phillips.
Em Planetary, apesar do bom texto, e de elucidar certos fatos ocorridos há algum tempo na série, é a arte de John Cassaday que chama a atenção. A seqüência de luta no início e as expressões faciais de Snow e Hark são primorosos.
Para fechar a edição, duas histórias tiradas de Tomorrow Stories.
A primeira mostra Jack B. Quick às voltas com os fatos da vida, e a maneira toda particular de uma criança gênio encará-los.
Depois é a vez de Greyshirt e um pequeno conto sobre o funcionamento dos pensamentos.
Ambas são simpáticas e divertidas, e cumprem bem a função de completar o mix.
Quanto ao trabalho da Pixel, as boas apresentações continuam presentes, mas infelizmente o excesso de erros de português e digitação também. Confira:
No último quadro da página 7, o velho cita que cristãos fanáticos estão vindo atrás dele do mesmo modo que foram atrás de Hipátia. Na nota logo abaixo, é corretamente informado que Hipátia foi assassinada em 415 d.C. O problema é que no primeiro quadro está escrito que a história se passa em 411 d.C. Logo, o crime ainda não havia ocorrido.
No penúltimo quadro da página 17, Sophie diz: "ele vai ter uma hemorragia". Mas ela está falando sobre sua amiga Stacia.
Já no segundo quadro da página 92, está escrito "um pouco do torta de pomba". Obviamente deveria ser "da" torta.
Classificação: