PIXEL MAGAZINE # 9
Autores: Promethea (Promethea # 6) - Alan Moore (roteiro) e J. H. Williams III (desenhos);
Hellblazer (Hellblazer # 148) - Brian Azzarello (roteiro) e Richard Corben (arte);
Planetary (Planetary # 21) - Warren Ellis (roteiro) e John Cassaday (desenhos);
Astro City (Astro City Vol. 2 # 1) - Kurt Busiek (roteiro) e Brent Eric Anderson (desenhos).
Preço: R$ 9,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Dezembro de 2007
Sinopse: Sophie Bangs aprende o caminho da espada.
O que pode ser pior do que morrer? É o que John Constantine irá descobrir.
Elijah Snow acaba recebendo muito mais do que estava procurando.
Bem-vindo a Astro City, Ben Pullam.
Positivo/Negativo: Em Promethea, continua o show de Moore e Williams. Neste número, Sophie é conduzida pelo caminho da espada por Grace Barnnagh, a heroína em sua versão de 1920. Entenda-se por espada o uso da razão, mais especificamente o reducionismo.
Moore esbanja estilo ao misturar fantasia, filosofia e folclore. E acaba por transformar tudo isso numa realidade extraordinariamente ampla e maleável, que encontra em Williams um verdadeiro artesão. Seja em páginas-duplas ou espelhadas, diagramações ou créditos, tudo se torna algo maior, quase vivo.
Ao ler a aventura, tem-se a certeza de que se está perdendo algo, pois são tantos detalhes colocados página após página, tantas pequenas preciosidades escondidas em cenários suntuosos e uma beleza tão vasta, que fica impossível perceber toda a mágica presente.
Como consolo, há a prazerosa possibilidade de relê-la inúmeras vezes.
Em Na Cadeia, Azzarello dá uma segurada no ritmo e mostra somente o necessário. Ele mostra que a amizade de Stark começa a trazer mais problemas a Constantine do que ele achara a princípio, e isto parece ser o estopim do que virá a seguir.
Na arte, Corben realiza o costumeiro: um excelente trabalho, que faz alguns torcerem o nariz, mas que aos mais atentos é puro deleite.
Planetary traz Elijah Snow numa das "consultas" mais herméticas das HQs. Apesar da boa página explicativa presente na edição, é difícil digerir a maior parte do conhecimento científico despejado na trama.
O interessante é a citação a vários acontecimentos da série, mas o que isto significa continua um mistério que talvez nem Ellis saiba.
Nos desenhos, Cassaday continua excelente, mesmo em seus momentos mais viajantes.
Para fechar, a Astro City de Kurt Busiek. A única história fechada da edição mostra um pai solteiro tendo que decidir se continua a morar com suas duas filhas na cidade onde as batalhas envolvendo super-heróis ocorrem o tempo todo.
Destaque para a primeira aparição do vilão Cumulus. Uma página-dupla espetacular de Anderson.
Quanto à edição, os erros de português e digitação da Pixel Magazine chegaram ao nível mais alto em suas nove edições.
No editorial, de cara tem um "Pixel Magagazine". A seguir, aparece "um folga" e, no quarto parágrafo, um "as vezes", sem crase.
Na introdução de Promethea, os autores da história sofrem. Primeiro é "Alam Moore" e depois "J. H. Willians III". Trocaram o "n" de um pelo "m" do outro. O pior é que Williams aparece escrito errado três vezes! Também tem um "primeria" no último parágrafo. Isso sem falar no péssimo uso das regras de pontuação. Principalmente da vírgula.
Já na página 22 da história há um "duçura" (doçura). E no texto sobre Planetary, logo na primeira frase há dois erros. Um é o uso de "está" em vez de "esta". O outro é um "toda série" quando o certo seria "toda a série". No parágrafo seguinte está grafado "norte americano" sem hífen. E por último um "efectivamente".
A introdução de Astro City também tem vários: um "dia a dia" sem hífens. Duas "referencias" sem acento circunflexo. E no último parágrafo: "A história que você vai ser a seguir é a exatamente a primeira edição da segunda série". Claro que no lugar do verbo "ser" deveria estar "ler", e que há um "a" a mais antes de "exatamente".
Por fim, na seção Pixel News, há um "Pixel Media se firmar". O certo seria "Pixel Media a se firmar".
Na contagem da resenha são quase 20 erros. E o pior, quase todos bobos, que poderiam ser evitados com o uso de um corretor ortográfico, como por exemplo o do Word, ou mesmo por uma revisão minimamente competente.
A revista continua contando com um material de altíssimo nível, mas os recorrentes erros que parecem se multiplicar a cada número acabam ofuscando - e muito - o brilho das histórias.
Classificação: