Plastic Man #1
Editora: DC Comics – Revista mensal
Autores: Gail Simone (roteiro), Adriana Melo (desenhos), Kelly Fitzpatrick (cores).
Preço: U$$ 3.99
Número de páginas: 32
Data de lançamento: Junho de 2018
Sinopse
Em busca de preencher lacunas de seu passado, "Eel" O'Brian, o Homem-Borracha, retorna às ruas de sua cidade natal (Cole City), para descobrir como adquiriu os seus poderes.
Entretanto, além de uma chocante origem e um passado turbulento, o atual combatente do crime – que também é gerente noturno de um clube de strip de "super-heroínas" –, acaba dentro de um surreal complô com uma inesperada revelação.
Positivo/Negativo
Criado em 1941 pelo cartunista Jack Cole, o Homem-Borracha integrava o catalogo da extinta Quality Comics e foi um dos muitos personagens da editora comprados pela DC Comics em 1956.
Com seu jeito falastrão e histórias que beiravam ao humor nonsense, foi introduzido ao catálogo da editora como pertencente a uma realidade alternativa de seus principais títulos (Flash, Batman, Superman etc.), vivendo em uma (ou mais) das diversas Terras Paralelas de sua extensa e confusa linha editorial.
Após dois títulos mensais em sua história, o herói ganhou fama nas telas com sua própria série animada, chamada erroneamente no Brasil de Homem-Elástico.
Após os eventos da saga Crise nas Infinitas Terras, que unificou e reformulou o Universo DC, o herói foi readaptado para os novos tempos e teve tímidas inserções na cronologia até o final dos anos 1990, quando foi trazido por Grant Morrison para a formação de sua Liga da Justiça.
Daí em diante, o Homem-Borracha passou a ter um papel de maior importância na editora, ganhando uma nova série mensal – vencedora de um Eisner – e um conjunto de inserções no cenário multimídia infanto-juvenil da empresa.
Apesar do aparente sucesso, a chegada de um novo reinício cronológico – efetuado após a saga Ponto de Ignição – colocou o personagem em mais um limbo editorial problemático, com meras duas participações que foram mais tarde desconsideradas pela própria DC.
Agora, finalmente reestabelecido na cronologia da editora após a saga Metal (publicada atualmente no Brasil pela Panini), o Homem-Borracha ganha nos Estados Unidos uma minissérie em seis edições para recontar a sua origem e dar um gostinho de sua personalidade aos novos leitores.
E, logo na estreia, uma edição que justifica a escolha da dupla criativa, formada pela roteirista Gail Simone e a desenhista brasileira Adriana Melo, para este projeto.
Com uma mistura sóbria de humor e drama policial, Simone cria uma trama que usa positivamente as referências históricas do personagem para deixá-lo em um ambiente perfeito para a sua evolução narrativa, preservando os mesmos conceitos originais que foram concebidos na sua criação.
Dentre bandidos, garotas sedutoras, agentes secretos e mistério, "Eel" O'Brian alterna a sua mente tanto quanto o seu corpo, criando o caos característico que o faz tão querido pela maioria dos leitores de super-heróis.
E para reproduzir bem este caos "ordenado", Adriana Melo se mostra uma coerente alternativa para a arte. Sabendo se desprender do realismo nos momentos e quadros certos, a desenhista dá vida à surrealidade presente na mente do Borracha, criando uma legitimidade necessária para a revista e o seu próprio protagonista.
Sabendo puxar pelo anzol, Plastic Man # 1 usa bem as suas 25 páginas de quadrinhos e traz uma introdução bem fundamentada, deixando um gostinho de “quero mais” para os próximos números da minissérie.
Classificação: