Título: PREACHER # 29 (Brainstore) - Revista mensal

Autores: Garth Ennis (roteiro) e Steve Dillon (desenhos).

Preço: R$ 7,90

Número de páginas: 24

Data de lançamento: Agosto de 2003

Sinopse: As Portas do Inferno - Parte 1 de 4 - Prenúncio - Jesse Custer vai até a cervejaria McSorley em busca da verdade sobre Cassidy, e acaba encontrando uma pessoa que parece saber muito sobre o vampiro irlandês.

Enquanto isso, Starr retorna, pronto para dar continuidade aos seus planos, mas um elemento inesperado acaba de complicar a sua vida.

Positivo/Negativo: Tem início o penúltimo arco de histórias de Preacher e, finalmente, a revista parece ter se estabilizado quinzenalmente. Com sorte e tempo bom, logo teremos a oportunidade de ler o tão esperado desfecho da série na língua pátria.

Como de hábito em começos de arcos, Ennis limita-se apenas a armar o palco. A narrativa segue sem muitas surpresas, mas carregada de promessas para os próximos números. O que não deixa de ser torturante.

O clima das cenas da busca de Jesse por respostas sobre Cassidy é o fator mais atrativo da HQ. É possível ver em sua expressão aquele misto de raiva e perplexidade, que apenas quem já teve a confiança traída por alguém querido pode sentir.

Um destaque vai para a personagem Sally e seu discurso sobre o vampiro canalha: "Ele te faz adorar ele e daí te apunha-la nas costas. Gosta tanto dele que cê nem acredita que ele fez isso. O sangue por cima do cê todo, uma faca nas tuas costas e cê não acredita que ele fez isso. Vai ver ele é doente. Vai ver não foi ele, só pareceu ele. Vai ver ele se enganou…". A sensação ruim é quase palpável. Quem é Cassidy na verdade? Resposta nos próximos números.

Outro destaque vai para o diálogo entre uma exultante Tulipa e uma Amy pra lá de down, reforçando ainda mais os pontos de vista de Ennis sobre o amor e a realização pessoal, tão bem expressos no número anterior.

Por fim, mais uma seqüência de cenas do mais puro humor negro, envolvendo o Sr. Starr e seus comparsas, garante a diversão antes das coisas começarem a ficar mais sinistras. Afinal, as portas do inferno estão abertas, mas ainda é possível rir diante delas, antes que tudo chegue ao fim.