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PRELÚDIO PARA A CRISE FINAL # 1

1 dezembro 2008


Autores: Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse - Keith Giffen (texto), Pat Olliffe (desenhos), John Stanisci (arte-final) e Hi-Fi (cores);

Adão Negro - A era das trevas - Peter J. Tomasi (texto), Doug Mahnke (desenhos), Christian Alamy, Norm Rapmund (arte-final) e Nathan Eyring (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Setembro de 2008

Sinopse: Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse - Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse criados na ilha Oolong estão transformando a nação de Biália, já devastada por Adão Negro, em um grande inferno.

Mas, desta vez, o quarteto terá que encarar Superman, Mulher-Maravilha e Batman.

Adão Negro - A era das trevas - Desaparecido e sem poderes, Adão Negro tenta voltar a Kahndaq para ressuscitar sua amada Ísis e, de quebra, recuperar os poderes perdidos.

Positivo/Negativo: É aquele velho papo: vem aí uma saga que vai mudar tudo que se conhece a respeito do Universo DC - e é fundamental que o leitor se prepare para o memorável evento.

A saga, no caso, é Crise Final, para a qual esta minissérie em 13 partes serve de, como diz o nome, prelúdio.

São 1300 páginas de prelúdio. Mais 1300 da outra minissérie, Contagem Regressiva - uma retroação cujo zero é justamente a Crise Final. E isso sem contar outras séries, como O ataque das amazonas e A guerra dos anéis, e mais as interligações com as revistas de linha.

Haja paciência.

Haja dinheiro.

A essas alturas da vida, porém, os leitores já se deram conta de que o papo não passa, ora bolas, de papo. Serve para vender mais revistas, para envolver o leitor e para agitar o mercado. Mas, no fim das contas, todo esse catatau de quadrinhos não vai fazer toda essa diferença na leitura de Crise Final de fato.

Nos Estados Unidos, todo esse catatau, por sinal, deu errado. Saiu pela culatra: mal gerenciado, acabou afastando os leitores e jogando as primeiras edições de Crise Final para posições pouco nobres na lista de quadrinhos mais vendidos.

Por isso, é bem-vinda essa estratégia da Panini de criar a revista Prelúdio para a Crise Final.

A rigor, a publicação engendrada pela editora é uma antologia de histórias que saíram originalmente como minisséries nos Estados Unidos. Todas elas estão interligadas com a Crise Final de alguma forma e, portanto, teriam que sair por aqui.

Em vez de entupir as bancas com uma barafunda de especiais e minisséries caça-níqueis, a editora optou por um formato já consagrado, com bom custo-benefício, bastante eficiente para desovar um bom volume de materiais para leitores eventualmente interessados.

O lançamento acabou coincidindo com a reforma editorial que a Panini fez para a DC em setembro - daí o chaveirinho que vem de brinde.

O problema é que nem sempre esses materiais ligados às grandes sagas são de boa qualidade. Normalmente são fracos; quando não ruins à beça.

Em Prelúdio, as duas séries iniciais são, de fato, pouco empolgantes.

Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse tem um bom roteiro de Keith Giffen, mas a arte é apenas passável.

Seu maior problema é outro: a história é alicerçada na malfadada III Guerra Mundial, uma HQ pífia ligada à minissérie 52. O resultado: os vilões são pouco convincentes, justamente porque, sem pedigree, não conseguem angariar força dramática.

Por mais que Giffen crie um bom cenário geopolítico para brincar com seus super-heróis, a história não consegue soar relevante.

Adão Negro - A era das trevas teria tudo para ser uma grande história: tem um personagem intrigante em uma situação altamente dramática. Mas não é. Isso porque não há uma grande trama além da óbvia: a tentativa de restabelecer Adão Negro na DC depois de 52. Além disso, há fragmentos soltos, alguns bons, outros ruins, que falham em constituir uma narrativa genuinamente encantadora.

Não dá, claro, para julgar o que vem pela frente. Talvez a situação melhore. Talvez, a julgar pelos antecedentes das histórias ligadas às megacrises, fique na mesma. Mas, do jeito que está, Prelúdio para a Crise Final precisa de mais fôlego para se tornar, de fato, uma revista essencial.

Classificação:

4,0

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