PRELÚDIO PARA A CRISE FINAL # 2
Autores: Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse - Keith Giffen (texto), Pat Olliffe (desenhos), John Stanisci (arte-final) e Hi-Fi (cores);
Adão Negro - A era das trevas - Peter J. Tomasi (texto), Doug Mahnke (desenhos), Christian Alamy, Rodney Ramos (arte-final) e Nathan Eyring (cores).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Outubro de 2008
Sinopse: Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse - Em Biália, Superman, Mulher-Maravilha e Batman continuam a perseguição aos Quatro Cavaleiros do Apocalipse.
Adão Negro - A era das trevas - Com seus poderes retomados, agora Adão Negro percorre o mundo para ressuscitar sua amada Ísis - mas há heróis em número suficiente em seu caminho para impedi-lo.
Positivo/Negativo: Na vida real, é difícil saber o que definirá o futuro. Quem diria, por exemplo, que a decisão individual de milhões de norte-americanos em contrair pequenas dívidas iria, um dia, deixar o mundo à beira de uma depressão global?
Na ficção, e em especial nas revistas de super-heróis, as regras são mais simples. O futuro é determinado pelas histórias que tocam o coração do leitor. São elas, em tese, que se tornam relevantes e que vão interferir no que está por vir.
Por exemplo: dentre todas as centenas de Elseworlds que a DC criou nas duas últimas décadas, poucas tiveram o peso de Chuva rubra, O Reino do Amanhã, Gotham City 1889. São histórias que, mesmo passadas em realidades paralelas, ainda influenciam roteiristas e leitores.
Forçar a barra é uma enganação.
Outro exemplo, portanto: hoje qual a relevância de materiais então considerados essenciais para a cronologia DC, como Zero Hora? Ou pior: como Noite Final? Passado o maremoto, dá para viver perfeitamente sem essas bizarrias.
Argumentos de que histórias ruins são essenciais para que o leitor não se perca no futuro próximo costumam ser pura balela. E não há de ser diferente com as duas minisséries inaugurais da revista Prelúdio para a Crise Final.
Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse começou razoavelmente bem por conta de suas relações geopolíticas, mas só. O roteiro não chegava a empolgar e a arte dava conta de afundar de vez a HQ. Mas, neste segundo número, nem os acertos da estréia sobreviveram. Giffen perdeu o foco e a mão. O resultado é uma leitura longa e arrastada.
A série de Adão Negro, por sua vez, ficou mais interessante ao levar o herói/vilão a confrontar seus maiores adversários. Mas, ainda assim, não conseguiu tomar fôlego para encantar o leitor.
Na melhor das hipóteses, é uma leitura fuleira que mal compensa as bobagens de Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse.
Uma melhora; a outra piora. Prelúdio para a Crise Final ainda carece de histórias que mostrem a verdadeira relevância da revista.
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