PRELÚDIO PARA SUPERMAN - O RETORNO # 1
Título: PRELÚDIO PARA SUPERMAN - O RETORNO # 1 (Panini) - Edição especial
Autores: Bryan Singer, Michael Dougherty e Dan Harris (história adaptada), Jimmy Palmiotti, Justin Gray e Marc Andreyko (roteiro) e Ariel Olivetti e Karl Kerschl (arte).
Preço: R$ 7,50
Número de páginas: 64
Data de lançamento: Junho de 2006
Sinopse: Num primeiro momento, o leitor presencia Jor-El enviando seu único filho, Kal-El, para outro planeta, em um distante sistema solar.
Num segundo, partilha com Martha Kent a dor de estar há tanto separada de seu filho Clark.
Positivo/Negativo: Esta é a primeira de duas edições especiais que antecedem o novo longa-metragem do Superman.
A primeira história, De Krypton à Terra leva diretamente a Superman - O Filme.
O leitor, literalmente, entra numa edição de Action Comics (a revista americana em que o herói apareceu pela primeira vez, no longínquo ano de 1938) e singra pelo tempo e espaço até chegar a Krypton, onde ocorre uma importante reunião do conselho de cientistas.
Nesta, Jor-El tenta convencer seus pares de que o planeta está em seus últimos dias. A partir daí, a trama é em quase tudo idêntica ao início do longa-metragem de 1978.
O "quase" fica por conta dos diálogos, principalmente de Jor-El, que apesar de conter um tema já bastante conhecido, são muito bem escritos.
Chega a ser arrepiante vê-lo retratado com os traços de Marlon Brando (ator que fez o personagem no cinema).
Parece que as palavras ganham mais importância, mesmo impressas, quando proferidas por Brando.
A competente arte de Ariel Olivetti ainda traz outros dois bons momentos com as "participações especiais" de Glenn Ford e Christopher Reeve. O primeiro interpretava Jonathan Kent, pai adotivo do Homem de Aço, e o segundo, bem, ele era o próprio Superman.
Se até aqui a edição tinha um tom nostálgico, Martha Kent se torna a protagonista e embaralha um pouco mais as coisas.
Em Mamãe Kent, que se passa no presente, o Superman desaparecido há quase cinco anos. Isto para o resto do mundo, porque para Martha, seu filho Clark é uma presença constante, que sempre vem acompanhada de todas as boas lembranças de sua vida.
Ao mesmo tempo, é uma ausência que lhe entristece e a faz continuar seguindo em frente, à espera de seu retorno.
No final da trama ainda sobra tempo para duas pequenas homenagens aos artistas Kurt Schaffenberger (1920-2002) e Curt Swan (1920-1996), importantíssimos na trajetória do Homem do Amanhã.
Por falar em artistas, vale a pena mencionar as bonitas e auto-explicativas capas assinadas por Adam Hughes.
Pode-se dizer que esta não é uma edição que traga nada de novo, mas é tão bem executada - até com certa reverência -, que merece uma conferida antes da ida ao cinema para assistir ao novo longa-metragem do herói.
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